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Curtas Vila do Conde 2018: “Diamantino” vai abrir certame

Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, que decorre de 14 a 22 de julho, no Teatro Municipal de Vila do Conde, vai abrir com “Diamantino”, a primeira longa-metragem realizada pelo português Gabriel Abrantes e pelo norte-americano Daniel Schmidt. O filme, que venceu o Grande Prémio Nespresso na 57ª Semana da Crítica, do Festival de Cannes, vai ter assim a sua estreia nacional na 26ª edição do Curtas Vila do Conde.

“Elogiado pela crítica internacional, “Diamantino” narra a história de uma estrela do futebol mundial que fracassa em final de carreira confrontando-se com o mau olhado da opinião pública. Num retrato delirante, que cruza os géneros da comédia, do drama e da ficção científica, Diamantino acaba por se envolver em questões políticas, do combate ao neofascismo à crise de refugiados, culminando numa crise existencial sobre a origem do génio.”

“O realizador português, que é já uma presença habitual no festival, recebeu o prémio para melhor realização pela curta-metragem “Os Humores Artificiais” no ano passado, integrando, ainda, a exposição coletiva Terra, na Solar Galeria de Arte Cinemática, com “Corcunda”, filme corealizado com Ben Rivers.”

“A secção Da Curta à Longa apresenta ainda o último filme de Yann Gonzalez, “Un couteau dans le coeur” (2018), também estreado no Festival de Cannes. Tendo como pano de fundo a indústria pornográfica do fim dos anos 70, em Paris, a longa-metragem narra a história de Anne (Vanessa Paradis), produtora de filmes porno de série B. Num estilo inconfundível que tem vindo a amadurecer desde início de carreira, o realizador francês combina o drama de uma relação amorosa falida e de um assassinato em série, a meio caminho entre o erótico e o policial.”

“O festival apresenta, também, uma carta branca de Yann Gonzalez, uma muito louca sessão de meia-noite, composta por filmes vanguardistas e algumas raridades, apresentada pelo próprio. “Depressive Cop” (2016), de Bertrand Mandico; “Tout ce dont je me souviens” (1969), de Christian Boltanski; “The Cat Lady” (1969), de Tom Chomont; “Dellamorte Dellamorte Dellamore” (2000), de David Matarasso; “Jungle Island” (1967), de Jack Smith; são algumas das escolhas do cineasta.”

A 26ª edição do Curtas Vila do Conde vai também apresentar o melhor da música nacional, com o programa Stereo, que cruza o melhor de dois mundos: o da música e o do cinema, através de filmes-concertos, concertos com live vídeo e uma competição de vídeos musicais. Os Black Bombaim, trio português de rock psicadélico, abrem a secção com uma colaboração com o percussionista e escultor sonoro João Pais Filipe para “Dragonflies with Birds and Snake”, do realizador alemão Wolfgang LehmannMoor Mother e Jonathan Uliel Saldanha (HHY) juntam-se aos realizadores André Tentugal e Vasco Mendes. Joana Gama e Luís Fernandes vão a Vila do Conde a 18 de julho para apresentar o seu novo álbum “At The Still Point of The Turning World”.  B Fachada ficará responsável pela criação e interpretação musical originais para a obr, “The Cameraman”, de Buster Keaton, co-realizado por Edward Sedgwick. Os Linda Martini, encerram o programa Stereo de 2018, a 21 de julho, compondo para “La Coquille et le Clergyman”, filme surrealista da vanguarda francesa dos anos 20, realizado por Germaine Dulac.

Fonte: Curtas Vila do Conde

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