Ammore e Malavita 35

“Ammore e Malavita” – um musical inesperado

Vencedor de vários prémios Donatello (incluindo o de melhor filme), este musical italiano realizado pelos irmãos Antonio Manetti e Marco Manetti proporciona-nos duas horas cheias de gargalhadas e suspense. Donna Maria (Claudia Gerini) está farta da vida de máfia e perigo que ela e o marido Don Vincenzo (Carlo Buccirosso) levam, decidido encenar a o assassinato de Vincenzo (que na verdade apenas tinha sido levemente ferido com uma bala), enterrando em vez de ele um homem inocente cujas feições eram parecidas. O filme começa na cena do funeral, em que num cómico número musical o cadáver se interroga de quem são as pessoas que o choram, que ele nunca tinha visto em vida.

Mas o verdadeiro enredo começa quando os dois fiéis guarda-costas de Vincenzo, Rosario (pelo cantor e ator Raiz) e Ciro (Giampaolo Morelli), o levam ao hospital para tratar o seu ferimento. Uma enfermeira chamada Fátima (Serena Rossi) viu-o vivo e parece reconhecê-lo, comprometendo todo o plano de Maria, e a solução é óbvia: é necessário eliminar Fátima. Mas há um imprevisto no plano de Vincenzo: Ciro, que devia matá-la, tinha-se apaixonado perdidamente por Fátima na sua adolescência.

Desenrola-se, então, uma história sangrenta mas com humor do típico “o nosso amor contra o mundo”, que apesar de cliché é tornada numas duas horas de ótimo entretenimento pela excelente performance dos atores e pelo tom de comédia de todo o filme, mesmo das situações mais negras (quando, por exemplo, um grupo de turistas em Nápoles canta alegremente sobre a alegria de ser assaltado nessa cidade, considerando que é essa a derradeira experiência turística, criando um excelente momento musical).

Não sendo uma obra-prima ou um filme genial, é sem qualquer dúvida um excelente filme para quem quer passar uma noite relaxada, na companhia de boas gargalhadas e de uma excelente banda sonora que certamente irão ficar a trautear durante toda a semana seguinte.

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