“Até que o porno nos separe”, o novo filme de Jorge Pelicano, produzido pela Até ao Fim do Mundo, vai chegar às salas de cinema portuguesas no dia 1 de maio.
O realizador de filmes como “Para, Escute, Olhe” (2009), “Ainda Há Pastores” (2006) e “Pára-me de Repente o Pensamento” (2015) venceu com este seu novo trabalho o Prémio de Melhor Documentário e o Prémio do Público no Festival Caminhos do Cinema Português 2018; o Prémio de Melhor Documentário no Roze Filmdagen 2019 (Amesterdão); e o Prémio Arco-Irís 2018 da Ilga Portugal.
Sinopse: Eulália, uma mãe de 65 anos, católica e conservadora, descobriu através da internet que o seu filho, emigrante na Alemanha, é Fostter Riviera, o primeiro ator porno gay português premiado internacionalmente. Tendo apenas o computador e o Facebook como única forma de comunicação, Eulália começa uma longa jornada emocional para tentar aproximar-se do filho que a levará a interpretar de forma diferente as suas expetativas como mãe e os valores com que foi criada.
Segundo o realizador, este filme surgiu de uma vontade “de explorar o tema da pornografia através de uma perspetiva” que sempre o intrigou, como o lado familiar dos atores e atrizes que integram este universo e perceber o impacto que as escolhas dos filhos podem ter na vida dos pais. “Tive conhecimento da história da Eulália, uma mãe de 65 anos, residente num bairro nos arredores do Porto, e que descobriu através da internet que o seu filho, emigrado na Alemanha, era um reconhecido ator porno gay (…) a reação desta mãe ao descobrir a orientação sexual e a profissão do filho foi de revolta, caindo num desgosto profundo.”
Eulália é hoje uma ativista pelos direitos LGBTI+, participando ativamente na AMPLOS do Porto (associação de mães e pais pela liberdade de orientação sexual e identidade de género) e em várias marchas LGBTI+ do país.
“Até que o porno nos separe” percorre o passado e o presente da relação entre uma mãe e um filho, personagens fortes e complexas. Pelicano tenta responder à questão: até onde pode ir o amor incondicional de uma mãe pelo filho?