25 de Abril

Atrizes Francesas Cortam Cabelo em Apoio às Mulheres Iranianas

Juliette Binoche Juliette Binoche

Atrizes francesas como Juliette Binoche, Marion Cotillard, Melanie Laurent, Isabelle Huppert e Charlotte Gainsbourg estão entre as muitas que cortaram o seu cabelo em apoio aos protestos no Irão, após a morte de Mahsa Amini.

Num vídeo que circula no Instagram, as atrizes estão entre os muitos membros da indústria cinematográfica francesa que se encontram a seguir estes passos e a declarar, como desafiadoramente fez Juliette Binoche: “Pela Liberdade!”

https://www.instagram.com/p/CjUdMD5g09U/

A campanha, que usa o hashtag #HairForFreedom, foi organizada pelo advogado de direitos humanos internacionais Richard Sedillot, juntamente com as advogadas Julie Couturier e Christiane Feral Schuhl.

O vídeo foi divulgado um dia depois de a indústria do cinema francesa ter emitido uma carta aberta em apoio às mulheres iranianas. Em fundo, pode ouvir-se a versão persa da canção italiana antifascista “Bella Ciao”, pela artista iraniana Gandom, que se tornou viral.

Alice Diop (“Saint Omer”), Audrey Diwan (“O Acontecimento”), Julia Ducournau (“Titane”), Michel Hazanavicius (“O Artista”), Jacques Audiard (“Dheepan”), Juliette Binoche, Marion Cotillard, Isabelle Huppert e Lea Seydoux estão entre as perto de 1000 figuras proeminentes do cinema francês que assinaram a carta.

Outras figuras que assinaram a carta incluem nomes como Marjane Satrapi, Alice Winocour, Rebecca Zlotowski, Emmanuelle Bercot, Catherine Corsini, Eva Husson, Nicolas Bedos, Bertrand Bonello, Dany Boon, Robin Campillo, Laurent Cantet, Michel Gondry, Grand Corps Malade, Robert Guédiguian, Radu Mihaileanu, Camille Cottin, Virginie Efira, Julie Gayet, Mélanie Laurent, Karin Viard, Guillaume Canet, Louis Garrel, Laurent Lafitte, Alex Lutz, Gilles Lellouche, entre muitos outros.

Nela, demonstram o seu apoio às mulheres e ativistas dos direitos civis na sua revolta após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, bem como denunciam a violência do regime político do Irão.

Protestos nas ruas do Irão
Protestos nas ruas do Irão

Amini, uma mulher curda, foi morta enquanto detida pela polícia, a 16 de setembro, três dias depois de ter sido presa em Teerão por alegadamente ter quebrado as restritas regras islâmicas relativas à indumentária, ao não usar convenientemente o hijab e ter algumas madeixas de cabelo soltas.

A sua morte levou a inúmeros protestos por todo o Irão, incluindo Teerão, Isfahan e Yazd, mas também noutras cidades espalhadas pelo mundo, como Paris, Istambul e Los Angeles.

A Amnistia Internacional diz que as autoridades iranianas têm usado força letal intencionalmente sobre os protestantes, causando a morte a mais de 52 pessoas.

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