Caminhos do Cinema Português 2017: Selecção Oficial

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A organização do Festival Caminhos do Cinema Português, o único fes­ti­val que se dedica exclu­si­va­mente ao cinema português, revelou a sua selecção oficial de filmes para a 23ª edição, que irá decorrer de 27 de novembro a 3 de dezembro, no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra.

“Ver cinema é abrir os olhos para um mundo novo que se abre à nossa frente. Para que se veja cla­ra­mente por essa janela, é neces­sá­ria uma liga­ção ima­gi­ná­ria entre quem vê o filme e as ima­gens que são pro­jec­ta­das em tela. Essa liga­ção é for­ne­cida pelo movi­mento, isto é, pelas ima­gens cine­má­ti­cas que nos for­ne­cem tam­bém uma porta. É pre­ciso ver fil­mes para se con­se­guir entrar no mundo ima­gé­tico do cinema por­tu­guês, e é pre­ci­sa­mente isso que anu­al­mente ten­ta­mos fazer – levar o maior número de pes­soas pos­sí­veis a ver cinema pro­du­zido em ter­ri­tó­rio nacional.”

“Em Por­tu­gal começa a exis­tir uma aber­tura do cinema de, como sem­pre, selec­ci­o­nar o melhor de ​todo o cinema por­tu­guês”, para com­ple­men­tar­mos aquilo que já se encon­tra dis­po­ní­vel, mas tam­bém enal­te­cer as obras que de outra forma não teriam uma pro­jec­ção pública e mediá­tica que um fes­ti­val como os Cami­nhos for­nece.”

A 23ª edição conta com 57 filmes, entre curtas e longas-metragens seleccionadas. Entre as longas-metragens encontram-se filmes como “Al Berto” de Vicente Alves do Ó, “Colo” de Teresa Villaverde, “São Jorge” de Marco Martins, “A Fábrica de Nada” de Pedro Pinho e “Cartas ao Meu Avô” de João Nunes.

O júri da Selecção Caminhos, responsável por atribuir o Grande Prémio do Festival, Melhor Longa e CurtaMetragem, Melhor Animação, Melhor Documentário, Prémio Revelação e ainda catorze prémios técnicos, é composto por Ana Padrão, António Dias Figueiredo, Carlos Coelho, João Torres, Maria João Mayer, Miguel Moteiro, Pedro Chagas Freitas, Pedro Figueiredo, Rita Azevedo Gomes e Susana Jacobetty. O Júri de Imprensa é constituído por Cláudia Marques Santos, Fernando Moura e Luís Miguel Oliveira.

A cerimónia de abertura acontece no próximo dia 27 de novembro, pelas 21h45, no TAGV, com a exibição de cinco curtas-metragens, sendo a primeira “Água Mole” de Laura Gon­çal­ves e Ale­xan­dra Rami­res (Xá), curta de animação que venceu recentemente o Prémio António Gaio no Cinanima 2017.

Longas-Metragens – Ficção
Al Berto, de Vicente Alves do Ó
António e Catarina, de Cristina Hanes
António Um Dois Três, de Leonardo Mouramateus
Coração Negro, de Rosa Coutinho Cabral
Colo, de Teresa Villaverde
A Mãe é que Sabe, de Nuno Rocha
A Ilha dos Cães, de Jorge António
São Jorge, de Marco Martins
Histórias de Alice, de Oswaldo Caldeira
Delírio em Las Vedras, de Edgar Pêra
O Dia em que as Cartas Pararam, de Cláudia Clemente

Documentário
A Fábrica de Nada, de Pedro Pinho
Carta ao Meu Avô, de João Nunes
O Homem Eterno, de Luís Costa
Luz Obscura, de Susana de Sousa Dias
Nasci com a Trovoada – Autobiografia Póstuma de um Cineasta, de Leonor Areal
Norley e Norlen, de Flávio Ferreira
Notas de Campo, de Catarina Botelho
Où en Êtes-Vous, João Pedro Rodrigues?, de João Pedro Rodrigues
Qualquer Coisa de Belo, de Pedro Sena Nunes
Quem é Bárbara Virgínia?, de Luísa Sequeira
Rosas de Ermera, de Luís Filipe Rocha
Souvenirs, de Paulo Martinho
Tarrafal, de João Paradela
Vou-me Despedir do Rio, de David Gomes

Curtas-Metragens – Ficção
Altas Cidades de Ossadas, de João Salaviza
Ao Telefone com Deus, de Vera Casaca
Câmara Nova, de André Marques
A Carga, de Luís Campos
Coelho Mau, de Carlos Conceição
Coup de Grace, de Salomé Lamas
Farpões Baldios, de Marta Mateus
Ferro Sangue, de Fábio Penela
Flores, de Jorge Jácome
Freelancer, de Francisco Lacerda e Afonso Lopes
Hei-de Morrer Onde Nasci, de Miguel Munhá
O Homem de Trás-os-Montes, de Miguel Moraes Cabral
Humores Artificiais, de Gabriel Abrantes
Já Passou, de Sebastião Salgado
O Jardim dos Caminhos que se Bifurcam, de João Cristóvão Leitão
Laranja Amarelo, de Pedro Augusto Almeida
A Língua, de Adriana Martins da Silva
Longe da Amazónia, de Francisco Carvalho
Nyo Vweta Nafta, de Ico Costa
O Sapato, de Luís Vieira Campos
Semente Exterminadora, de Pedro Neves Marques
Tudo o que Imagino, de Leonor Noivo
O Turno da Noite, de Hugo Pedro
Ubi Sunt, de Salomé Lamas

Animação
Água Mole, de Laura Gonçalves
Das Gavetas Nascem Sons, de Vítor Hugo
A Gruta de Darwin, de Joana Toste
Sete, de Gustavo Sá
A Sonolenta, de Marta Monteiro
Surpresa, de Paulo Patrício
A Tocadora, de Joana Imaginário
Última Chamada, de Sara Barbas

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Fonte: Caminhos

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