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Canal Brasil reserva 24 horas de programação para celebrar o Dia do Cinema Brasileiro

A programação percorrerá épocas e estilos diversos, revisitando a pornochanchada, o Cinema Novo, o “terrir” de Ivan Cardoso e as trajectórias femininas no cinema
Canal Brasil Canal Brasil
"Cinema Novo" (2016), de Eryk Rocha

A 19 de Junho (quinta-feira), o Canal Brasil entrega-se por inteiro ao gesto de homenagear o cinema que pulsa entre margens, sotaques e olhares: o cinema brasileiro. Durante 24 horas consecutivas, a grelha transforma-se numa travessia pela memória e pelo imaginário audiovisual de um país que, apesar das adversidades, nunca deixou de filmar.

Mais do que uma maratona de títulos, trata-se de uma celebração do gesto cinematográfico enquanto forma de resistência, de invenção e de pertença.

O Canal Brasil, há 26 anos no ar, não apenas exibiu mais de seis mil filmes, como participou ativamente na sua concretização, coproduzindo mais de 450 obras e marcando presença nos mais exigentes festivais internacionais. Não é apenas um canal; é arquivo vivo, laboratório de criação e janela aberta ao mundo.

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O que veremos?

Ao longo do dia, serão exibidos documentários que recuperarão percursos singulares, memórias de bastidores e capítulos nem sempre visíveis da história do cinema nacional.

O ecrã dará lugar à evocação de nomes seminais como Luiz Carlos Barreto, Eduardo Coutinho, Nelson Pereira dos Santos, Ruy Guerra, Ana Maria Magalhães e Hector Babenco — autores cuja obra transcende a imagem em movimento e se inscreve na própria tessitura cultural do Brasil.

Neste percurso pelo cinema brasileiro, revisitaremos estilos e movimentos que, na sua diversidade, compõem o caleidoscópio da produção nacional: da irreverência da pornochanchada à contundência do Cinema Novo, do humor macabro de Ivan Cardoso ao caminho trilhado por mulheres que se impuseram num território historicamente masculino. A proposta não é apenas olhar para trás, mas pensar o cinema como aquilo que persiste, resiste e se reinventa.

Ao colocar o cinema brasileiro no centro da sua emissão, o Canal Brasil recorda-nos que filmar é, antes de tudo, um acto de acreditar — no país, nas histórias e na potência de as contar.

Programação

Quinta-feira, dia 19/06

00h – “Barretão, o Filme” (2021), de Marcelo Santiago
01h30 – “Neville D’Almeida – Cronista da Beleza e do Caos” (2018), de Mario Abbade
03h20 – “Ivan, o TerrirVel” (2024), de Mario Abbade
05h05 – “O País da Pornochanchada” (2022), de Adolfo Lachtermacher
06h20 – “Coutinho.doc – Apartamento 608” (2009), de Beth Formaggini
07h10 – “A Mulher de Longe” (2012), de Luiz Carlos Lacerda
08h20 – “Humberto Mauro” (2018), de André Di Mauro
09h50 – “O Amor Dentro da Câmera” (2021), de Jamille Fortunato e Lara Beck Belov
11h15 – “Luz, Anima, Ação” (2013), de Eduardo Calvet
12h50 – “Tempo Ruy” (2021), de Adilson Mendes
14h15 – “Esquinas: O Último Cine Drive-In” (2025), de Jaiê Saavedra, José Aguiar, Julio Bezerra e Marina Pessanha
14h30 – “Candango: Memórias do Festival” (2020), de Lino Meireles
16h35 – “Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho” (2023), de Allan Ribeiro
16h55 – “Através da Cidade Invisível” (2022), de Paulo Grangeiro
17h20 – “Roberto Farias – Memórias de um Cineasta” (2023), de Marise Farias
19h00 – “A Edição Do Nordeste” (2024), de Pedro Fiuza — Inédito
19h25 – “Cinema Novo” (2016), de Eryk Rocha
21h30 – “Babenco, Alguém Tem Que Ouvir O Coração e Dizer: Parou” (2020), de Bárbara Paz
22h45 – “Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema” (2023), de Ivelise Ferreira e Aída Marques

 

Sexta-feira, dia 20/06

00h30 – “Mulheres de Cinema” (1976), de Ana Maria Magalhães
01h10 – “A Mulher da Luz Própria” (2019), de Sinai Sganzerla