Cannes 2023: Michael Douglas vai receber Palma de Ouro de Carreira

Michael Douglas vai ser homenageado no festival de Cannes com prémio carreira Michael Douglas vai ser homenageado no festival de Cannes com prémio carreira
LONDON, ENGLAND - FEBRUARY 16: Michael Douglas attends the UK Gala Screening of Marvel's Ant-Man and the Wasp: Quantumania, at BFI IMAX Waterloo on February 16, 2023 in London, England. (Gareth Cattermole/Getty Images for Disney)

O ator e produtor norte-americano Michael Douglas vai receber a Palma de Ouro Honorária do Festival de Cannes em reconhecimento “à sua brilhante carreira e ao seu compromisso com o cinema”. Michael Douglas segue-se a Jeanne Moreau, Bernardo Bertolucci, Jane Fonda, Jean-Paul Belmondo, Manoel de Oliveira, Jean-Pierre Léaud, Agnès Varda, Forest Whitaker ou Jodie Foster, entre outros, a receber esta homenagem de Cannes. O festival vai prestar homenagem a Douglas durante a cerimónia de abertura da 76.ª edição, no dia 16 de maio.

“É sempre uma lufada de ar fresco estar em Cannes, que há muito oferece uma plataforma maravilhosa para criadores ousados, audácias artísticas e excelência em narrativas. Desde a minha primeira vez aqui em 1979 para ‘The China Syndrome’ até à minha estreia mais recente para ‘Behind the Candelabra’ em 2013, o Festival sempre me lembrou que a magia do cinema não está apenas no que vemos na tela, mas na sua capacidade de causar impacto nas pessoas de todo o mundo. Depois de mais de 50 anos nesta área, é uma honra retornar à Croisette para abrir o Festival e abraçar a nossa língua universal compartilhada do cinema.”, comentou Michael Douglas.

O ator e produtor chegou a Cannes pela primeira vez em 1979, com o filme “O Sindroma da China”, realizado por James Bridges, e protagonizado por Douglas ao lado de Jane Fonda e Jack Lemmon (que recebeu o prémio de melhor ator). Treze anos depois, em 1992, “Instinto Fatal”, de Paul Verhoeven, foi apresentado em Competição. “Revolucionando o género thriller, o filme foi o tema de discussão no festival: elevou Sharon Stone ao posto de ícone internacional e confirmou o poder do talento de Michael Douglas.”, lê-se em comunicado. Michael Douglas voltaria no ano seguinte a Cannes com “Um Dia de Raiva”, de Joel Schumacher. Foram precisos esperar 20 anos até que o ator voltasse a subir a imponente escadaria de Cannes, com Por Detrás do Candelabro”, de Steven Soderbergh, com Douglas num papel marcante do famoso pianista e cantor Liberace. 

“Mas a sua história com o Festival de Cannes começou muito antes, através do seu pai, Kirk Douglas, um amante de França e do seu cinema. Este último marcou a história do Festival ao presidir o Júri em 1980. Com a força da sua convicção e do seu carácter, atribuiu a Palma de Ouro a Akira Kurosawa e a Bob Fosse por Kagemusha e All That Jazz.”

Filho de Kirk Douglas e Diana Douglas, nasceu em 1944 no estado de Nova Jérsia, nos EUA. Começou a sua carreira de ator em sérias de televisão e estreou-se no cinema nos dramas Hail, Hero!” (1969), Adam at Six A.M.” (1970) e Summertree” (1971). Seguiram-se os thrillers “Coma” (1978) e “O Sindroma da China” (1979), sendo este último uma das participações mais conhecidas de Michael Douglas.

“Em Busca da Esmeralda Perdida” (1984), “Uma Noite com o Presidente” (1995), “O Jogo” (1997),Traffic – Ninguém Sai Ileso” (2000) e Por Detrás do Candelabro” (2013) estão entre os filmes que Michael Douglas se destacou enquanto ator.

Com Oliver Stone, em “Wall Street”, venceu o Óscar de Melhor Ator em 1987 pela sua interpretação de Gordon Gekko, um ganancioso corretor de Nova York em Wall Street. A sequela Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme” (2010), foi exibida Fora da Competição na 63.ª edição do Festival de Cannes.

Estreia-se como produtor de cinema em “Voando Sobre Um Ninho de Cucos” (1975), o clássico de Milos Forman, protagonizado por Jack Nicholson. O filme arrecadou nove nomeações aos Óscares e foi premiado em cinco categorias, incluindo a de Melhor Filme. Produziu ainda filmes como “Em Busca da Esmeralda Perdida” (1984), “O Poder da Justiça” (1997), “A Outra Face” (1997) e mais recentemente a série da Netflix “O Método Kominsky” (2018-2021).

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