Cannes 2024: Estúdio Ghibli será homenageado com Palma de Ouro

É a primeira vez que o Festival de Cannes atribui a sua Palma de Ouro Honorária não a uma pessoa, mas a uma instituição.
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Estúdios Ghibli

O Festival de Cannes vai homenagear, com a Palma de Ouro honorária, o estúdio de animação japonês, os Estúdios Ghibli, “uma lenda do cinema”, com quase quatro décadas de vida, tendo produzido mais de 20 longas-metragens, como as icónicas obras “O Túmulo dos Pirilampos” (1988), “Princesa Mononoke” (1997), “A Viagem de Chihiro” (2001),  ou “O Castelo Andante” (2004).

“Sinto-me verdadeiramente honrado e encantado pelo facto de o estúdio ter sido galardoado com a Palma de Ouro Honorária”, afirma Toshio Suzuki, cofundador do estúdio Ghibli. “Gostaria de agradecer ao Festival de Cannes do fundo do meu coração. Há quarenta anos, Hayao Miyazaki, Isao Takahata e eu fundámos o Studio Ghibli com o desejo de levar animação de alto nível e qualidade a crianças e adultos de todas as idades. Atualmente, os nossos filmes são vistos por pessoas de todo o mundo e muitos visitantes vão ao Museu Ghibli, a Mitaka e ao Ghibli Park para conhecerem por si próprios o mundo dos nossos filmes. O Studio Ghibli percorreu um longo caminho até se tornar uma organização tão grande. Apesar de Miyazaki e eu termos envelhecido consideravelmente, tenho a certeza de que o Studio Ghibli continuará a enfrentar novos desafios, liderado pela equipa que dará continuidade ao espírito da empresa. Terei o maior prazer em que aguardem com expetativa o que se segue”.

“Pela primeira vez na nossa história, não é uma pessoa, mas uma instituição que escolhemos celebrar”, afirmaram Iris Knobloch, Presidente do Festival de Cannes, e Thierry Frémaux, Delegado Geral. “Como todos os ícones da Sétima Arte, estas personagens povoam a nossa imaginação com universos prolíficos e coloridos e narrações sensíveis e envolventes. Com a Ghibli, a animação japonesa representa uma das grandes aventuras da cinéfilia, entre a tradição e a modernidade”.

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Fundado por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki, a 15 de junho de 1985, a Ghibli é o maior estúdio de animação japonesa e o principal rival da Walt Disney e da Pixar, tendo revolucionado o mundo da animação e a história do cinema, com os seus desenhos únicos e mensagens pacifistas e ambientalistas.

“O Castelo no Céu” (1986), “Totoro” (1988), Porco Rosso: O Porquinho Voador” (1992), “O Castelo Andante” (2004),  “Ponyo à Beira-Mar” (2008) e “As Asas do Vento” (2013) são outros clássicos dos estúdios que ficaram para a história do estúdio e da história do cinema.

Segundo lembra o Festival de Cannes, o festival foi um “dos primeiros a explorar a aventura do cinema de animação.” Tendo ao longo destes mais de 70 anos de festival estreado em Cannes filmes de outros estúdios de animação, como por exemplo, “Planeta Fantástico” (1973), “Shrek” (2001), “Shrek 2” (2004), “Ghost in the Shell 2: Innocence” (2004), “Persepolis” (2007), “Valsa com Bashir” (2008), “Elemental” (2023) e “Robot Dreams” (2023). Além disso, a secção Un Certain Regard acolheu “A Tartaruga Vermelha” (2016), a primeira colaboração dos Studios Ghibli com uma produtora europeia.

A 77.ª edição do Festival de Cannes realiza-se entre os dias 14 e 25 de maio.

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