Cannes 2025: Juliette Binoche irá presidir o júri da 78.ª edição

A atriz francesa sucederá à realizadora americana Greta Gerwig, sendo esta a segunda vez consecutiva na história do Festival que uma mulher assumirá a presidência do júri.
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Juliette Binoche durante o Festival de Cannes 2024

A atriz francesa Juliette Binoche, um dos nomes mais proeminentes do cinema europeu, irá presidir o júri da 78.ª edição do Festival de Cannes, que se realizará entre os dias 13 e 24 de maio. A atriz regressa ao festival exatamente 40 anos após a sua primeira visita a Cannes, com o seu primeiro papel importante em “Encontro”, de André Téchiné, que estreou em Cannes em 1985. “Nasci no Festival de Cannes”, afirma ela frequentemente.

“Estou ansiosa por partilhar estas experiências de vida com os membros do júri e com o público. Em 1985, subi as escadas pela primeira vez com o entusiasmo e a incerteza de uma jovem atriz; Nunca imaginei que regressaria 40 anos depois no papel honorário de Presidente do Júri. Reconheço o privilégio, a responsabilidade e a absoluta necessidade de humildade.”, declarou Binoche, presidente do júri das longas-metragens de Cannes 2025.

Esta é a segunda vez na história de Cannes que uma mulher sucede a outra na presidência do júri, de forma consecutiva, depois de na década de 1960 a italiana Sophia Loren ter sucedido a atriz inglesa Olivia de Havilland.

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O Festival de Cannes recorda como em quatro décadas Juliette Binoche se tornou numa das atrizes maiores do cinema internacional, tendo colaborado com vários cineastas e renome como: Leos Carax em “Má Raça” (1986), Philip Kaufman em “A Insustentável Leveza do Ser” (1988), Peter Kosminsky em “O Monte dos Vendavais” (1992), Louis Malle em “Relações Proibidas” (1992), Krzysztof Kieslowski em a trilogia das cores (“Azul” (1993), “Branco” (1994) e “Vermelho” (1994)), Chantal Akerman em “Um Divã em Nova Iorque” (1996), Michael Haneke em “Nada a Esconder” (2005), Hsiao-Hsien Hou em “O Voo do Balão Vermelho” (2007), Abbas Kiarostami em “Shirin” (2008) e David Cronenberg em “Cosmopolis” (2012).

Vencedora do Óscar de Melhor Atriz Secundária em 1997 pelo seu desempenho em O Paciente Inglês” (1996) e uma nomeação na mesma categoria em “Chocolate” (2000), vencedora do prémio de Melhor Atriz em Cannes por “Cópia Certificada” (2010), Binoche conta com um vasto currículo de inúmeras premiações e mais de 50 participações em filmes, como “Alice e Martin” (1998), Os Filhos do Século” (1999), “Elas” (2011), Camille Claudel 1915″ (2013), “A Espera” (2015), “O Meu Belo Sol Interior” (2017), “A Verdade” (2019) ou “O Sabor da Vida” (2023).

Em comunicado, o festival francês destaca também o ativismo cívico da atriz: “Educação, imigração ilegal ou direitos humanos no Irão (protestou em Cannes contra a detenção de Jafar Panahi e ergueu um cartaz com o seu nome em palco), a nova Presidente da Academia Europeia de Cinema coloca-se também na esteira essencial do Movimento #MeToo: partilha generosa e responsavelmente as experiências perturbadoras dos seus primórdios. Ela também usa regularmente a sua influência para aumentar a consciencialização sobre os perigos ecológicos que ameaçam o nosso planeta.”

No início de abril será conhecida a seleção oficial em competição e fora de competição da 78.ª edição do Festival de Cannes, que acontece entre os dias 13 e 24 de maio.

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