Em uma parceria histórica, a Cinemateca Brasileira, guardiã do acervo audiovisual do país e a maior cinemateca da América do Sul, une-se ao Museu Mazzaropi, dedicado à memória do ator e humorista Amácio Mazzaropi, para recuperar e digitalizar seis filmes do artista.
A iniciativa visa preservar e celebrar a obra de Mazzaropi, considerado um dos grandes nomes do cinema brasileiro.
Digitalização e Difusão de Obras de Amácio Mazzaropi
O esforço para recuperar as seis obras de Amácio Mazzaropi, conhecido como “Digitalização e Difusão de Obras de Amácio Mazzaropi”, foi agraciado com um investimento de R$ 200 mil, após ser selecionado no edital da Lei Paulo Gustavo.
Esse apoio veio por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.
Além da restauração dos filmes, o projeto irá promover debates e exposições sobre a rica produção artística de Mazzaropi.
Estas atividades estão agendadas para o segundo semestre deste ano e serão realizadas tanto na prestigiada Cinemateca Brasileira quanto no Museu Mazzaropi, localizado em Taubaté (SP).
Os filmes
Os seis filmes incluídos no projeto de restauração e digitalização audiovisual são os seguintes: “Sai da Frente” (1952), “Candinho” (1953), “Zé do Periquito” (1961), “O Lamparina” (1964), “O Corintiano” (1966) e “O Puritano da Rua Augusta” (1966).
Mazzaropi
Amácio Mazzaropi, um autêntico polímata, desempenhou uma variedade de funções ao longo de sua carreira, atuando, dirigindo, escrevendo roteiros, produzindo e até mesmo cantando.
Seu impacto na história da cultura brasileira é indiscutível, especialmente por sua habilidade em retratar de maneira perspicaz o homem caipira do interior paulista, que de certa forma ultrapassava fronteiras geográficas.
Ele o fez através de uma abordagem que mesclava comédia e crítica, explorando habilmente contrastes aparentes como ingenuidade e sagacidade, ternura e astúcia, simplicidade e complexidade.
A trajetória de Mazzaropi culminou em um total impressionante de 32 filmes, realizados ao longo de 28 anos, abrangendo o período de 1952 a 1980. Essa conquista reflete uma média notável de mais de um filme produzido por ano.