À parte da América do Norte, a Ásia tem cinco dos dez melhores mercados de cinema. No entanto, a pandemia do Covid-19 fez com que os cinemas fechassem, a audiência hesitasse e que houvesse uma redução para metade das estreias que iam acontecer.
A bilheteira de cinema deste continente desceu 85% nos dois primeiros meses do ano, o período em que estavam a sentir um maior impacto e, de acordo com a S&P Global Market Intelligence e o OPUSData, março será pior.
A S&P divulga que a China está entre as regiões mais afectadas, devido não só ao fecho de todos os 70 000 cinemas, desde finais de Janeiro, e, por isso, apenas estrearam 24 filmes nas salas, mas também o período mais lucrativo do ano, os dez dias das férias do Ano Novo Chinês, não aconteceu.
Na Coreia do Sul, as salas de cinema começaram a fechar em fevereiro e as suas bilheteiras registaram 125 milhões de dólares em janeiro e fevereiro, menos 59% que o ano passado, com o número de estreias a descer para 29%.
O Korean Film Council (KOFIC) publicou novos dados na quarta-feira que mostram que o mês de março, mesmo sem o fecho das salas de cinema obrigatório, registou o número mais baixo em catorze anos. O KOFIC divulgou que apenas 1.83 milhões de pessoas foram ao cinema em março, comparado com os 14.7 milhões que foram no mesmo mês do ano passado.
O Japão listou 126 milhões de dólares em bilheteiras em janeiro e fevereiro, uma descida de 41% de acordo com a S&P.
Hiroo Otaka, que analisa este tipo de situações, diz que o pico da descida de março não é de todo fora do normal devido às férias da Páscoa, no entanto, a razão pela qual o número desceu tanto foi devido ao adiamento das estreias de grandes filmes de Hollywood. Otaka listou um total de 30 filmes adiados, tanto estrangeiros, como locais.