Critics Choice Awards 2025: "Anora", de Sean Baker, vence como Melhor Filme

A Critics Choice Association (CCA) revelou, esta sexta-feira (07), os vencedores das categorias de cinema da 30.ª edição dos Critics Choice Awards.

Os filmes mais premiados da noite foram “Wicked”, “Emilia Pérez” e “A Substância”, cada um com três vitórias.

“Anora”, a tragicomédia de Sean Baker que segue a trajectória de uma jovem trabalhadora do sexo no Brooklyn e os desdobramentos do seu casamento inesperado com o filho de um oligarca russo, conquistou o prémio de Melhor Filme entre os dez indicados. Contudo, esta foi a única estatueta que o filme, protagonizado por Mikey Madison, conseguiu levar para casa.

“Wicked” levou os prémios de Melhor Design de Produção para Nathan Crowley e Lee Sandales, Melhor Figurino para Paul Tazewell e, surpreendentemente, Melhor Realização para Jon M. Chu, que brincou ao receber o troféu: “Eu vou ganhar o Óscar!… Eu não vou ganhar o Óscar.”

“Emilia Pérez”, do polémico Jacques Audiard, com a também controversa atriz espanhola Karla Sofia Gascón no papel principal, venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Gascón esteve ausente na cerimónia e provavelmente não participará do restante da temporada de prémios devido a algumas polémicas. O filme também garantiu o prémio de Melhor Atriz Secundária a Zoe Saldaña, além da vitória na categoria de Melhor Canção, com “El Mal”, para o casal Camille Dalmais e Clément Ducol.

“A Substância”, de Coralie Fargeat, garantiu três prémios: Melhor Argumento Original para ela, Melhor Cabelo e Maquilhagem, e Melhor Atriz para Demi Moore.

Em seu discurso, Moore declarou: “Isso vai muito além do que eu esperava. O reconhecimento não é só para mim, mas para o tema do filme. A mensagem do filme… O voto de vocês é como o bálsamo que vai curar esse tema. Sou muito grata por gostarem do meu desempenho, mas também por destacarem esse género e sistemas que não são vistos.”

Ao finalizar, deixou uma mensagem de encorajamento: “Apenas persistam e saibam que os sonhos realmente acontecem. Muito obrigada”, concluiu.

Adrien Brody foi eleito Melhor Ator pela sua performance em “O Brutalista”, de Brady Corbet.

Em seu discurso, o ator expressou sua gratidão pelo prémio, dizendo que estava profundamente agradecido pela honra. Ele fez questão de agradecer à associação de críticos, destacando o papel que desempenham na indústria cinematográfica: “Vocês, críticos, nos tornam mais fortes”, afirmou.

“Vocês têm defendido nossos filmes desde Veneza, nos deram voz e fizeram com que esse filme, que é ao mesmo tempo épico e pequeno, se tornasse mais acessível às pessoas. Estou genuinamente grato pelo apoio que têm dado aos filmes independentes. Aos directores corajosos, sem vocês não teríamos essa voz”, continuou.

Ele também falou sobre o impacto que o papel teve em sua carreira, classificando-o como “o maior da sua vida” e agradecendo à realização do filme por essa oportunidade única.

“Eu faço isso desde os meus 12 anos de idade, então eu sei muito bem que momentos como esse são raros na vida de um ator. Eu não deixo de valorizar o que está acontecendo aqui”, concluiu.

Kieran Culkin, um dos grandes destaques desta temporada de prémios, venceu na categoria de Melhor Ator Secundário pelo seu trabalho em “A Verdadeira Dor”, de Jesse Eisenberg.

“Conclave”, de Edward Berger, que mergulha nas tensões e alianças ocultas do processo de escolha de um novo papa, explorando de forma hipnotizante a política e as intrigas internas da Igreja, foi premiado como Melhor Conjunto e Melhor Argumento Adaptado para Peter Straughan.

Apesar de uma presença discreta na temporada de prémios, “Nosferatu”, de Robert Eggers, conquistou a estatueta de Melhor Fotografia, entregue a Jarin Blaschke.

Por sua vez, “Challengers”, de Luca Guadagnino, ignorado pela Academia, levou dois troféus: Melhor Montagem para Marco Costa e Melhor Banda Sonora para Trent Reznor & Atticus Ross.

“Duna: Parte Dois”, de Denis Villeneuve, saiu vitorioso na categoria de Melhores Efeitos Visuais, com prémios para a equipa formada por Paul Lambert, Stephen James, Rhys Salcombe e Gerd Nefzer.

“Robot Selvagem”, de Chris Sanders, que acompanha a jornada de Roz, uma robô que cai acidentalmente numa ilha desabitada e aprende a sobreviver na natureza, levou o prémio de Melhor Animação.