O destaque da semana vai para o documentário “À Procura de Sugar Man”, realizado pelo sueco Malik Benjelloul, que sem financiamento, começou por filmar esta história com um iPhone. O resultado foi um documentário que, para além de ter ganho vários prémios (entre eles um Óscar e um BAFTA), fez renascer a carreira de um dos mais importantes ícones da história da música. “À Procura de Sugar Man” chega hoje ás salas portuguesas.
A história de Rodriguez: sexto filho de imigrantes mexicanos (daí o Sixto), trabalhador da construção civil, grande admirador de Leonard Cohen, Dylan e Henry Mancini, edita dois álbuns, “Cold Fact”, em 1970, e “Coming From Reality”, no ano seguinte. Os discos recebem boas críticas mas passam despercebidos junto ao público. Pouco depois, o músico desaparece. Entretanto, cópias dos discos chegam à Austrália e à África do Sul. Neste último país, o passa-palavra transforma-o num fenómeno que atravessa gerações. No país do apartheid, ferozmente conservador, Rodriguez torna-se uma voz de rebeldia e de esperança. Enquanto os seus discos chegam a 500 mil lares sul-africanos, principalmente os da juventude branca liberal, Rodriguez trabalha na construção civil para sustentar as três filhas, concorre a vários cargos públicos em Detroit por obrigação cívica e tira um curso de Filosofia por curiosidade intelectual.
Sinopse: Cinecartaz Público