O destaque da semana é “O Cônsul de Bordéus”, realizado por Francisco Manso e João Correa, um filme de época em estilo biografico que pretende prestar homenagem ao heroi português Aristides de Sousa Mendes. Aristides foi tão ou mais importante que Oskar Schindler, pois tambem salvou bastantes judeus que fugiam da perseguição nazi em Bordéus. A produção esteve ao cargo da Take 2000, com um orçamento que rondou os tres milhões de euros e contou a co-produção de Portugal, Espanha e Bélgica. “O Cônsul de Bordéus” estreia hoje nos cinemas nacionais.
Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu em Cabanas de Viriato, a 19 de Julho de 1885, no seio de uma família aristocrática rural, católica e conservadora. Ocupou diversas delegações consulares portuguesas pelo mundo fora, entre elas Zanzibar, Brasil, Estados Unidos ou Guiana. Cônsul de Portugal em Bordéus em 1940, ano da invasão da França pela Alemanha nazi na sequência da Segunda Grande Guerra, Sousa Mendes desafiou as ordens expressas do primeiro-ministro, Salazar (que, durante esses anos, manteve a neutralidade de Portugal), e concedeu mais de 30 mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir de França. Revelando uma coragem e determinação invulgares – e consciente do risco para sua vida e a da sua família -, recusou-se a entregar milhares de pessoas a um destino certo nos campos de concentração nazis. Confrontado com os primeiros avisos de Lisboa, ele terá dito: “Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus”. Aristides de Sousa Mendes faleceu na miséria, a 3 de Abril de 1954, no hospital dos franciscanos em Lisboa.
Sinopse: Cinecartaz Público