Dia Internacional da Mulher: Conheça as realizadoras nomeadas aos Óscares

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Em mais de 100 países, o Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março de cada ano, com eventos e atividades ocorrendo em todo o mundo. A data é uma oportunidade de demonstrar nosso compromisso com a igualdade de género e celebrar as contribuições que as mulheres fazem em todo mundo.

É um momento para celebrar as conquistas sociais, econômicas, culturais e políticas de todas as mulheres. Também marca um apelo às ações que acelerem a percepção da igualdade de género, criando um mundo onde mulheres e meninas em todos os lugares tenham direitos e oportunidades iguais.

Nessa perspectiva, o site oficial do Dia Internacional da Mulher inclui um banco de dados pesquisável de eventos mundiais — um ótimo começo para se envolver. O site fornece informações sobre o tema do ano, questões globais, artigos e vídeos de apoiadores de todo o mundo.

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher de 2023, trago um breve histórico da participação feminina na categoria de Melhor Realização nos Óscares.

 

Lina Wertmüller

Em uma das categorias mais desiguais do prémio, há 48 anos atrás, por “Pasqualino das Sete Beldades”, a italiana Lina Wertmüller (1928-2021) fez história ao ser a primeira mulher nomeada a melhor realização. Concorrendo contra nomes como: John G. Avildsen, Alan J. Pakula, Ingmar Bergman e Sidney Lumet, na ocasião, Wertmüller também foi nomeada aos prémios de melhor argumento original e melhor filme internacional.

Em 2019, a realizadora foi agraciada com um Óscar Honorário por sua carreira.

 

Kathryn Bigelow

Em 2009, com o brutal e memorável “Estado de Guerra”, Kathryn Bigelow fez história ao tornar-se a primeira mulher a ganhar o prémio de melhor realização nos Óscares, o longa também lhe garantiu o prémio de melhor filme (com Mark Boal, Nicolas Chartier e Greg Shapiro). A terceira nomeação de Bigelow veio com “00:30 Hora Negra”, no qual, apenas concorreu a melhor filme (com Mark Boal e Megan Ellison)

 

Jane Campion

Em 2022, 47 anos após a nomeação de Lina Wertmüller, Campion alcançou o feito de ser a primeira mulher a ser nomeada duas vezes na categoria de melhor realização. Sua primeira nomeação veio em 1994 pelo intenso “O Piano”, que não lhe rendeu o prémio de realização, mas garantiu o de melhor argumento original.

 

Rompendo a hegemonia masculina, em 2022, Campion levou o prémio de melhor realização na 94ª edição dos Óscares, com o western contemporâneo “O Poder do Cão” – recordista de nomeações nos Óscares 2022, com 12, ao total. O longa foi nomeado a melhor filme, argumento adaptado, montagem, banda sonora original, fotografia e às categorias de atuação. Nesse aspecto, convém comentar que, Ari Wegner, diretora de fotografia do filme, é apenas a segunda mulher a ser nomeada na categoria de Melhor Fotografia na história da premiação.

Na edição, a neozelandesa derrotou Paul Thomas Anderson com seu incrível trabalho em “Licorice Pizza”Kenneth Branagh com seu intenso drama familiar “Belfast”Steven Spielberg com sua versão do clássico “West Side Story” e o japonês Ryûsuke Hamaguchi com o sublime “Drive my Car” – Spielberg venceu Campion em 1994 com “A Lista de Schindler”.

 

Emerald Fenell

Felizmente, nos últimos anos, as mulheres têm sido melhor representadas na categoria. Em 2021, pela primeira vez na história do prémio, duas mulheres foram nomeadas à realização: Emerald Fennell e Chloé Zhao.

Fennell foi nomeada por “Uma Miúda com Potencial”, o longa garantiu a ela nomeações também à melhor argumento original e melhor filme (com Margot Robbie, Josey McNamara, Tom Ackerley, Ben Browning e Ashley Fox). A britânica acabou levando a estatueta de melhor argumento original. Fennell foi a primeira realizadora britânica a ser nomeada pela Academia pela realização de uma longa-metragem.

 

Chloé Zhao

Zhao foi nomeada a quatro prémios (melhor filme, realização, argumento adaptado e montagem) pelo sucesso de crítica Nomadland – Sobreviver na América”. O road movie estrelado por Frances McDormand rendeu a ela o prémio de melhor realização e melhor filme (com Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher e Dan Janvey). Com “Nomadland – Sobreviver na América”, Zhao tornou-se a segunda mulher (e primeira asiática) a ganhar o prémio de melhor realização.

 

Sofia Coppola

Sofia Coppola foi nomeada à melhor realização por seu segundo filme, o drama “Lost in Translation – O Amor É um Lugar Estranho”. Além de realização, Coppola também concorreu à melhor filme e argumento original (a produção também carrega a honra de ter nomeado Bill Murray à melhor ator), ganhou o de argumento original.

 

Greta Gerwing

Greta Gerwig foi nomeada pelo marcante “Lady Bird”. A obra estrelada por Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, e Tracy Letts também garantiu a Gerwig uma nomeação ao prémio de melhor argumento original. Além das categorias citadas, o drama de amadurecimento foi nomeado para melhor atriz (Ronan), atriz secundária (Metcalf) e filme (Scott Rudin, Eli Bush e Evelyn O’Neil) – infelizmente, Letts não foi nomeado à secundário.

A realizadora também recebeu uma nomeação na categoria de melhor argumento adaptado por “Mulherzinhas”, em 2020.

 

A cerimónia da 95.ª edição dos Óscares será apresentada pelo humorista Jimmy Kimmel a 12 de março de 2023, no Dolby Theatre.

 

 

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