“O rato matou oficialmente a raposa.”, avança a Variety em tom de ironia. Segundo avança a revista de cinema, a Walt Disney Company retirou o nome “Fox” da 21st Century Fox, que adquiriu em março passado, passando a chamar-se 20th Century Studios, e a Fox Searchlight Pictures passará a chamar-se Searchlight Pictures.
A Disney já iniciou o processo para apagar o nome da Fox: os endereços de email foram alterados para os funcionários do Searchlight, com o domínio fox.com a ser substituído pelo domínio searchlightpictures.com. No cartaz do próximo filme da Searchlight o filme “Downhill” (estreia a 14 de fevereiro nos EUA), com Julia Louis-Dreyfus e Will Ferrell, os créditos começam com “Searchlight Pictures Presents”. O filme será o primeiro lançamento da Searchlight a estrear com o novo logotipo. “Call of the Wild”, um filme de família, será lançado sob o nome 20th Century Studios.
Os logotipos dos estúdios não serão drasticamente alterados, apenas vão sofrer ligeiras atualizações. A mudança mais notável é que a palavra “Fox”, que foi removida do logotipo. Segundo a Variety, os especialistas caracterizam a mudança como inevitável.
A Walt Disney Company começou este negócio milionário em finais de 2017, tendo concluído oficialmente a compra da 21st Century Fox, um dos maiores estúdios de cinema do mundo, por 71,3 mil milhões de dólares (cerca de 61,5 mil milhões de euros), em março de 2019.
Esta fusão permite à Disney ter acesso ao vasto catálogo de filmes da 20th Century Fox, fundada em 1935 entre a partir das companhias Fox Films e 20th Century Pictures, que reune clássicos como “Música no Coração”, “Titanic”, “As Vinhas da Ira”, “O Dia Mais Longo”, “Cleópatra”, “Eduardo Mãos de Tesoura”, “Avatar” e o primeiro filme “Star Wars”. Passa a reunir também os filmes de X-Men, Fantastic Four. Entre as séries de televisão conta com a icónica série “Simpsons”, que já vai na trigésima temporada, “Family Guy”, “Bob’s Burgers”, “American Dad” entre outras.
Recorde-se que 2019 foi um ano de recordes para a Walt Disney, ao tornar-se no primeiro estúdio da história a ultrapassar a marca dos 10 mil milhões de dólares em receitas de bilheteira, batendo o seu próprio recorde mundial datado de 2016 (7,6 mil milhões de dólares). A Disney tem atualmente oito filmes no Top 10 mundial daqueles que geraram mais receitas de bilheteira, tudo graças a “Vingadores: Endgame”, “Rei Leão”, “Frozen II”, “Homem-Aranha: Longe de Casa”, “Capitão Marvel”, “Toy Story 4”, “Aladino” e “Star Wars: Episódio IX – A Ascensão de Skywalker”.
O serviço de streaming Disney+ foi lançado em novembro de 2019 nos EUA e deverá chegar à Europa, América Latina e à Ásia nos próximos dois anos. Este é um serviço que pretende rivalizar em força com a Netflix, Amazon Prime Video, HBO e outras plataformas.