25 de Abril

Doclisboa e Cinemateca Portuguesa dedicam retrospectiva a Paul Leduc

A retrospectiva que terá por título “Uma Dança para a Música do Tempo”, conta com o apoio do FICUNAM e da Embaixada do México
f608x342 124881 154604 19 1 f608x342 124881 154604 19 2
Foto: Teatros Ciudad de México

O Doclisboa, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, apresenta este ano a maior retrospectiva dedicada ao realizador mexicano Paul Leduc (1943-2020) jamais realizada fora do seu país natal e a primeira no continente europeu.

A retrospectiva terá por título “Uma Dança para a Música do Tempo”, conta com o apoio do FICUNAM e da Embaixada do México, e terá lugar durante a 22ª edição do Doclisboa, de 17 a 27 de Outubro.

Sessão de antecipação

Está já agendada uma sessão de antecipação para 5 de Julho às 21h45 na Esplanada da Cinemateca, com a exibição de “¿Cómo ves?” (1986), retrato de carácter quase documental sobre a vida dos jovens num dos bairros mais pobres da Cidade do México, em que não há protagonistas mas antes um fresco de micro-histórias, por vezes abstractas, que de uma forma quase irreconhecível se inspiram em textos de vários escritores, incluindo alguns autores seminais como José Agustín e José Revueltas. Estes fragmentos são colados por actuações ao vivo de bandas de rock e músicos mexicanos.

1985 Como ves cartel 3
Via: Acervo Paul Leduc / Filmoteca UNAM

Paul Leduc

Paul Leduc é um nome de referência do cinema independente mexicano da década de 1970, cujo trabalho tem vindo a ser descoberto fora de portas ao longo dos últimos anos graças ao trabalho da Filmoteca da Universidade Nacional Autónoma do México.

Autor de uma obra variada, Leduc retratou através dos seus filmes as grandes alterações políticas e socioculturais do seu país de origem na segunda metade do século XX e princípio do século XXI, assim como temas centrais para compreender a História da América Latina durante esse período: desde a herança da revolução mexicana às lutas dos camponeses contra a opressão dos caciques locais, passando pelas várias revoluções da América Latina e as consequências da globalização e das políticas neoliberais que assolaram o continente.

No seu cinema, Leduc quis sempre levar aos limites as linguagens cinematográficas mais convencionais, cruzando elementos do documentarismo, poesia, dança, música e magia, resultando esse trabalho numa linguagem única, vanguardista e independente.

Em Outubro, iremos descobrir a sua obra, numa retrospectiva com curadoria de Boris Nelepo, programador do Doclisboa.

Skip to content