“Entre Ilhas”: estreia nos cinemas do filme-viagem sensorial pelo arquipélago dos Açores

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Entre Ilhas

Estreia esta quinta-feira, dia 30, ENTRE ILHAS, com realização e argumento de Amaya Sumpsi.

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Amaya Sumpsi é realizadora e antropóloga visual. Integra, desde 2017, a coordenação do NAVA – Núcleo de Antropologia Visual e Artes (CRIA-UNL/ISCTE). O seu primeiro documentário “Meu pescador, meu velho” estreou no Festival de Cinema do Royal Anthropological Institute (Edimburgo, 2013) e foi selecionado para numerosos festivais de cinema etnográficos internacionais. Em Portugal, ganhou o prémio Camacho Costa para o melhor documentário lusófono do festival Cine Eco-Seia (2013). Em 2018, realizou juntamente com uma equipa de antropólogos “Um Ramadão em Lisboa”, um documentário colaborativo que teve estreia no festival IndieLisboa (2019) e exibição no canal público RTP 2 (2021). É curadora de vários festivais de cinema etnográficos e, neste momento, está a desenvolver o projeto de longa-metragem “rota 5”, uma coprodução entre Espanha e Portugal.

Sinopse: Era uma vez nove ilhas longínquas, conhecidas como Açores, às quais só se conseguia chegar depois de intermináveis viagens de barco, e das quais só era possível partir quando se perdia o medo de enfrentar a imensidão do mar.  É a esse lugar –ora real, ora imaginado, que a cineasta pretende chegar quando embarca na sua peculiar viagem a bordo dos rápidos e modernos ferries que ligam hoje estas ilhas do Atlântico. No seu périplo, encontra velhas histórias de mar, folhas de diários perdidos e fotografias antigas que a hipnotizam: há horizontes repletos de barcos, comandantes e contramestres, há pianos nos salões da primeira classe, gado que viaja junto à terceira e caixeiros-viajantes, há militares, muitos estudantes, alguns namoros e tantos enjoos, há nascimentos a bordo e dias de São Vapor, há tempestades e um medo terrível à morte. A cada milha navegada, o lento vagar dos antigos iates e vapores enfeitiça a imagem presente, e do movimento lento das ondas emerge esse outro mundo sensorial em que não há aviões lowcost nem pressa para nada. “Entre Ilhas” sustém o fôlego para imaginar os Açores assim: ilhas centro, ilhas periferia, ilhas isoladas, ilhas cosmopolitas.

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