O cineasta portuense Manoel de Oliveira rodou em 1982 “Visita ou Memórias e Confissões”, um filme que o próprio realizador pediu para ser mostrado publicamente só após a sua morte (2 de abril de 2015). Assim, no dia 4 de maio, às 18h30, o filme terá a sua estreia mundial no Porto, no grande auditório do Teatro Municipal do Rivoli, auditório este que será nomeado Manoel de Oliveira, no momento da estreia. Para além desta sessão, terá lugar uma extra, às 21h30, também com entrada gratuita. Na terça-feira será mostrado na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa.
“Visita Ou Memórias e Confissões” foi realizado por Manoel de Oliveira no início da década de oitenta, depois de Francisca, sob a condição de ser apresentado só depois da sua morte. Durante mais de trinta anos o filme foi preservado no arquivo da Cinemateca Portuguesa.
Segundo informou a organização do Festival de Cannes, “Visita ou Memórias e Confissões” também será exibido em maio na edição deste ano do festival, um dos mais importantes festivais de cinema do mundo que irá prestar-lhe homenagem.
Para ver ainda antes da estreia mundial de “Visita Ou Memórias e Confissões”, o Teatro Municipal do Porto exibe sábado às 18h30 “Les Gants Blancs” de Louise Traon, um olhar sobre a sua mãe, Valérie Loiseleux, montadora de vários filmes de Oliveira (“Vale Abraão”, “O Convento”, “Vou Para Casa”, “Espelho Mágico”, “O Gebo e a Sombra”, entre outros). Esta é uma sessão coorganizada pelo IndieLisboa e pela Câmara Municipal do Porto e que contará com a presença da realizadora.