O destaque de hoje do Fantasporto 2019 vai para “His Master’s Voice”, de György Pálfi, um drama ficcional de aproximadamente 110 minutos inserido no ciclo de cinema húngaro.
Baseado numa história de Stanislaw Lem (“Solaris”, 1971), o filme traça o percurso de Peter em busca do seu pai cientista que abandonou a família na década de 1970, no período da Hungria comunista. Reconhecendo-o num documentário antigo, Peter viaja para a América. O trabalho do pai está, afinal, relacionado com eventos misteriosos no passado, trazendo à luz o facto de que, afinal, o universo não está mudo e que não estamos sós. Uma história de ficção-científica vinda do conhecido realizador de “Taxidermia”, Prémio do Público do Fantasporto 2007.
Uma presença constante há alguns anos no Fantasporto, a cinematografia da Hungria tem sido justamente premiada no festival, não só pelo seu elevado valor de produção num esforço que releva o interesse do país pelo cinema, mas sobretudo pela qualidade intrínseca e originalidade dos filmes enviados para seleção.
Muitos filmes foram premiados ao longo dos anos. Lembremos aqui apenas “Liza, The Fox Fairy” (2015), de Károly Mészáros, que venceu o Grande Prémio do Fantasporto em 2015, volta este ano com “X-the eXploited” (2018). “Esta colaboração só é possível graças ao esforço do organismo oficial do Cinema Húngaro, Magyar Nemzeti Filmalap ZRT e, muito especialmente, da Márta Bényei, do Departamento de Festivais.”
“His Master’s Voice” irá ser exibido às 23h00 no Grande Auditório do Teatro Rivoli, no Porto.