25 de Abril

Festa do Cinema Italiano 2023: mais de 20 cidades portuguesas com vários filmes em antestreia nacional e uma homenagem a Elio Petri

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“A Classe Operária Vai Para o Paraíso” (1971), de Elio Petri

Está a chegar a 16.ª edição da Festa do Cinema Italiano, com uma programação diversificada que apresenta filmes de novos realizadores bem como de nomes consagrados, clássicos da cinematografia italiana, antestreias, ficções e documentários.

A partir de 29 de março arranca a 16.ª edição em Lisboa, com sessões no Cinema São Jorge, no UCI El Corte Inglés e na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema. São mais de 20 as cidades portuguesas que vão receber o melhor do cinema italiano, entre elas: Lisboa (29 de março a 6 de abril), Porto (30 de março a 5 de abril), Almada (5, 12, 19 e 26 de abril), Penafiel (4 a 6 de abril), Coimbra (11 a 13 de abril), Setúbal (13 a 16 de abril), Aveiro (9 a 10 de maio) e Lagos (16 a 19 de maio). A Festa passará ainda por Beja, Viseu, Évora, Espinho, Oeiras, entre outras cidades.

Nesta edição é prestada homenagem ao autor e realizador italiano Elio Petri (1929-1982), apresentando uma retrospetiva integral da sua obra, uma iniciativa da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, em colaboração com a Festa do Cinema Italiano. “Lembrar Elio Petri significa voltar a assumir a importância do cinema como instrumento de discussão política e social. Especialmente num momento onde as imagens perderam peso e valor representativo.”, lê-se em comunicado.

“Original, mordaz, anticonformista, Elio Petri foi um dos grandes nomes do cinema italiano, que hoje, mais do que nunca, é importante lembrar. Morreu jovem e com ele acabou a vaga do dito cinema impegnato, um cinema de uma forte matriz política, comprometido com a realidade social que alcançava descrever e sobretudo atacar, com sarcasmo mas também com ética e moral. Inesquecível o seu sodalício com Gian Maria Volonté, assim como a sua colaboração com o argumentista Ugo Pirri. Juntos escreveram algumas das páginas mais importantes do cinema italiano.”.

Desta retrospetiva, a organização (Associação Il Sorpasso) destaca obras de Elio Petri como: “A Décima Vítima” (1965), “longa-metragem de ficção científica e filme de culto com Marcello Mastroianni e Ursula Andress”; a sua obra-prima “Inquérito a um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970), “premiado pela Academia de Hollywood com o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro”; “A Classe Operária Vai Para o Paraíso” (1971), “filme que recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes nesse mesmo ano, um feroz drama político musicado por Ennio Morricone. Profético e grotesco é o seu testamento fílmico, “Todo Modo” (1976), uma deliberada e feroz acusação ao poder político italiano, o filme que Pasolini queria fazer mas que nunca conseguiu.”

O programa completo será divulgado em breve.

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