A 17.ª Festa do Cinema Italiano realiza-se de 12 a 21 de abril, em Lisboa, no Cinema São Jorge, no UCI El Corte Inglés, na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema e, pela primeira vez, no recentemente reaberto Cine-Teatro Turim, em Benfica.
A Festa do Cinema Italiano é o acontecimento mais importante em Portugal dedicado à cultura italiana promovendo, além do cinema, música, literatura, arte e eventos gastronómicos. Este ano programa ainda com a Cinemateca Portuguesa o ciclo O outro 25 de Abril / L’altro 25 Aprile, para celebrar a Festa da Libertação em Itália de 1945.
A programação estende-se a várias cidades portuguesas, entre elas: Almada (8, 15, 22, 28 e 29 de maio), Alverca (12 e 13 abril), Aveiro (22 e 23 abril), Barreiro, Beja (28 e 29 de maio), Coimbra, Évora, Figueira da Foz (11 a 13 de maio), Funchal (2 a 5 de maio), Lagos (14 a 17 de maio), Leiria (17 a 19 de junho), Loulé (1 e 2 de junho), Penafiel (12 a 18 de abril), Porto (8 a 11 de maio), Sardoal, Setúbal (26 a 28 abril), entre outras a anunciar brevemente.
No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril de 1974, um momento memorável na história de Portugal, a Festa do Cinema Italiano associa-se à Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema para programar uma retrospetiva intitulada O outro 25 de Abril / L’altro 25 Aprile, que pretende celebrar a Festa da Libertação em Itália, ou o 25 de abril de 1945, data em que se assinala o fim do fascismo de Mussolini e o término da ocupação nazista.
Assim, de 1 a 26 de abril serão programadas 11 obras italianas de diferentes décadas, que, entre a ficção e o documentário pretendem refletir sobre as conquistas democráticas em Itália e celebrar os valores da liberdade e resistência: “Roma, Cidade Aberta” (1945) de Roberto Rossellini, “Os Evadidos” (1955) de Francesco Maselli, “Tão Amigos que Nós Éramos” (1974) de Ettore Scola, “Uma Vida Difícil” (1961) de Dino Risi, “Una questione privata” (2017) de Paolo Taviani, “Inês deve morrer “ (1976) de Giuliano Montaldo; “Il sole sorge ancora” (1946) de Aldo Vergano, os documentários “La donna nella resistenza” (1965) de Liliana Cavani e “All’armi siam fascisti” (1962) de Cecilia Mangini, Lino Del Fra e Lino Miccichè, “La vittoria è certa” (1971), sobre a luta de libertação em Angola durante a guerra colonial realizado por Lionello Massobrio, e, por fim, “O Conformista” (1970) de Bernardo Bertolucci.
A Festa do Cinema Italiano apresenta a nova imagem para a sua 17ª edição. Inspirada nos supermercados italianos dos anos 80, com produtos de cores intensas e variadas, a imagem da Festa de 2024 recria um imaginário estético pop, com referência a filmes clássicos italianos e produtos de grande consumo em Itália.
Com design de Clara Barbacini, fotografia e styling de Fernanda Pereira, assistência de Nuno Antunes e maquilhagem e cabelos de Sara Marques de Oliveira, a campanha deste ano teve lugar no restaurante Fiammetta, em Campo de Ourique, e é protagonizada pela atriz Ana Vilaça. O spot do festival foi realizado pela dupla de criativos Dona Edite (André Costa e Mariana Machado).
Ainda no âmbito da Festa, o filme vencedor da 14ª edição, “Piccolo corpo“, realizado por Laura Samani, vai estrear nas salas de cinema portuguesas a 22 de fevereiro. Esta coprodução entre Itália, França, e Eslovénia, é sobre uma jovem mulher de luto que deixa a sua aldeia à beira-mar para tentar libertar a alma do seu bebé nado-morto, partindo numa perigosa viagem até um remoto santuário na montanha onde mantém a fé num milagre e conta com Celeste Cescutti e Ondina Quadri nos principais papéis.
A Festa do Cinema Italiano é organizada pela Associação Il Sorpasso, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da Embaixada de Itália, do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa e da Cinecittà.