O tão esperado longa-metragem de Andrew Dominik sobre Marilyn Monroe, “Blonde”, teve uma recepção arrebatadora na noite de quinta-feira (08/09) em sua estreia mundial em Veneza.

Entretanto, segundo o jornalista Patrick Brzeski, do THR, apesar arrebatador “Blonde” carrega uma natureza contraditória, algo que com certeza irá dividir a comunidade crítica na temporada de premiações. Será mesmo que a contradição ocasionará uma divisão? Bom, ainda é cedo para tirarmos conclusões.
Brzeski reporta que o público de Veneza respondeu com aplausos empolgantes e muito apreço quando o filme de quase três horas chegou ao fim, levantando-se para dar a Dominik e seu elenco uma ovação de pé com duração de cerca de 14 minutos, a mais longa do festival até agora.
O jornalista do THR revela que os momentos mais exuberantes de apreciação pareciam vir quando as atenções estavam voltadas para a estrela Ana de Armas, cuja atuação totalmente comprometida como Marilyn Monroe certamente despertará especulações sobre o Óscar. Brzeski destaca que, ao final da ovação, Dominik e seu elenco estavam em lágrimas.
Blonde

Na cinebiografia, Ana de Armas assume a persona de Marilyn Monroe, um ícone da cultura pop que ganhou destaque nos anos 1950 e início dos anos 1960, antes de sua trágica morte em 1962.
“Blonde” é uma exploração ficcional da vida de Monroe baseada no romance homônimo de Joyce Carol Oates. A obra de Carol Oates combina eventos factuais e pessoas com um olhar ficcional nas duas vidas da estrela de Hollywood: a privada Norma Jean e a superestrela conhecida como Marilyn Monroe. Como de Armas diz em lágrimas na filmagem, “Marilyn Monroe só existe na tela”. Coube a Dominik adaptar o material de Carol Oates.
Em sua personificação, Ana de De Armas explora a personalidade de Monroe na tela, bem como os problemas, dilemas e crises que ela enfrentou em sua vida privada, como abuso de drogas, vício e exploração. O filme também abordará a liquidez da Era de Ouro de Hollywood.
Estrelando ao lado de Armas está o ganhador do Óscar de Melhor Ator, Adrien Brody como Arthur Miller, o famoso dramaturgo e terceiro marido de Monroe, e Bobby Cannavale como Joe DiMaggio, o jogador de beisebol do Hall da Fama e segundo marido de Monroe. Xavier Samuel e Julianne Nicholson também estrelam ao lado do trio de protagonistas.
“Blonde” é o primeiro filme produzido pela Netflix a receber uma classificação NC-17, uma classificação que o filme teria recebido por uma cena de estupro que estava no romance e por uma cena que o Screen Daily descreveu como apresentando “sexo oral menstrual sangrento”.
“Blonde” marca por ser o primeiro filme narrativo de Dominik desde seu thriller policial, “Killing Them Softly” (2012). O longa terá um lançamento limitado nos cinemas em 16 de setembro, antes de chegar à Netflix em 28 de setembro.