Festival Triste para Sempre: 4.ª Edição de 8 a 11 de dezembro, no Fórum Lisboa

Triste para Sempre cartaz horizontal

O Festival Triste Para Sempre está a chegar e irá decorrer nos dias 8 a 11 de dezembro, no Fórum Lisboa. É um festival de cinema emergente que conta este ano com a sua 4ª edição e é dedicado à tristeza e aos finais menos felizes na cidade de Lisboa.

Tem como objetivo primordial promover cinema independente e de autor, com filmes realizados nos últimos dois anos, tendo no seu programa filmes tanto nacionais como internacionais.

As obras cinematográficas escolhidas pela equipa da organização do festival pretendem perscrutar as várias dimensões da tristeza e da melancolia, abrindo um espaço seguro na cidade para explorar as emoções que às vezes se pretende esconder.

O Triste ambiciona levar a tristeza ao grande ecrã, normalizando, assim, a (con)vivência com este sentimento denso e complexo, experienciado por todos nós de uma forma singular.

A ideia do festival surgiu entre dois jovens que, após passarem por vários festivais de cinema em Lisboa, quiseram criar o seu próprio projeto.

O festival é composto sobretudo por curtas-metragens que vão a competição pelos prémios Lágrima Nacional e Lágrima Internacional. Além de um painel de jurados que avalia e atribui os prémios, o público também é convidado a votar na Lágrima do Público.

A edição de 2022 será a edição com mais curtas-metragens portuguesas, uma vez que foi o ano em que foram recebido mais filmes nacionais.

Este ano, o festival conta com três longas-metragens, duas nacionais e uma internacional, e 25 curtas-metragens que compõem as duas secções competitivas: Nacional e Internacional.

Assim, o Triste integra oito sessões, cada uma com um tema díspar, variando entre saúde mental, nostalgia, morte, solidão, a dicotomia partir/ficar e entre outros que despoletam diferentes emoções no espectador. Além disso, o festival contará com uma sessão especial intitulada Assustado para Sempre, com filmes que, além da tristeza inerente, também apelam ao susto.

A sessão de abertura terá lugar no primeiro dia no festival, a 8 de dezembro, com uma curta-metragem de Paulo Patrício intitulada “O Teu Nome É”, ponto de partida para a premiada longa-metragem de Miguel Dores, “Alcindo”, muito aclamada durante o festival DocLisboa de 2021.

"Alcindo"
“Alcindo”

O festival irá abrir com uma sessão especial dedicada a dois nomes que não serão esquecidos, nomes de vítimas do ódio que ainda vive nas ruas. “O Teu Nome É”, uma curta-metragem de animação de Paulo Patrício, pretende dar a conhecer os detalhes do assassinato de Gisberta, um símbolo de luta dos direitos das pessoas trans, homenageando a memória de Gisberta.

Segue-se “Alcindo”, de Miguel Dores, aclamado documentário sobre o homicídio de Alcindo Monteiro, vítima de ódio e do racismo que perdura, crimes em Portugal de nomes que não não podem nem devem cair no esquecimento.

No final, haverá lugar a um debate com as associações ILGA Portugal e SOS Racismo. Este debate será aberto à participação do público e tenciona promover uma conversa ainda mais informada através do ponto de vista de representantes destas comunidades contra as quais a violência e opressão são particularmente expressivas.

Ao longo do festival, serão exibidas 24 curtas-metragens, das quais se destacam o filme “Ice Merchants”, de João Gonzalez, recentemente premiado em Cannes pela melhor curta-metragem, sendo o primeiro filme de animação a ser distinguido com o prémio. O filme explora a relação entre um pai e um filho, caracterizado pelo seu estilo único e de extrema sensibilidade.

"Ice Merchants"
“Ice Merchants”

Destaca-se ainda a longa vencedora do Indie, “Simon Chama”, de Marta Sousa Ribeiro, um maravilhoso coming of age de um jovem que tenta fugir a uma realidade que o desagrada.

A quarta edição tem sessão de encerramento em parceria com o projecto FILMar/Cinemateca Portuguesa, ao passar uma curta-metragem de 1965, “A Invenção do Amor”, de António Campos, que nos traz um retrato de Portugal no Estado Novo, pautado pela censura e pelos bons costumes, desafiando estes últimos. O anúncio do filme vencedor do prémio Melhor Longa Metragem Vencedora será anunciado no início da sessão.

De 8 a 11 de dezembro, todos os interessados em soltar uma ou outra lágrima e ficar a conhecer o cinema triste mais atual, estão convidados para a 4.ª edição do Triste Para Sempre.

"Simon Chama"
“Simon Chama”

SELEÇÃO OFICIAL

Competição Nacional de Curtas-Metragens

“A Boneca de Kafka”, de Bruno Simões

“A Felicidade e Coisas Mórbidas”, de Débora Gonçalves

“Alexandria”, de Luís Miguel Pereira e Thiago Cavalheiro

“Antes de Mim, O Fim”, de Inês Luís

“Azul”, de Ágata de Pinho

“Beco do Imaginário”, de Romano Cassellis

“Chama-se Carla”, de Cátia Biscaia

“Fora da Bouça”, de Mário Veloso

“Ice Merchants”, de João Gonzalez

“Madrugada”, de Leonor Noivo

“Mulher como Árvore”, de Flávio Ferreira, Helder Faria, Alejandro Vázquez San Miguel, Carmen Tortosa e Daniela Cajías

“Nha Fidju”, de Diogo Moreira Carvalho

“Noite Turva”, de Diogo Salgado

“O Nosso Reino”, de Luís Costa

“O Que Resta”, de Daniel Soares

“O Teu Nome É”, de Paulo Patrício

“Os Meus Avós em Viagem”, de Rui Esperança

 

Competição Internacional de Curtas Metragens

“Bahamas”, de Fabio Orefice e Rodolfo “Belusci” Croce (Itália)

“Cannibal”, de Ramin Samani (Irão)

“Lifeline: The Brothers Who Hold the Same Breath”, de Abdullah Şahin (Turquia)

“Looking For Jack”, de Sarah Zeppilli (França)

“Voices And Locks”, de Ilham Bakır (Turquia)

“World Cup”, de Maryam Khodabakhsh (Irão)

“You’re Dead Helen”, de Michiel Blanchart (França)

Competição de Longas Metragens

“65 Rose”, de Davide Del Mare (Itália)

“Alcindo”, de Miguel Dores (Portugal)

“Simon Chama”, de Marta Sousa Ribeiro (Portugal)

Triste para Sempre cartaz vertical

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