Ainda podemos assistir, nas salas de cinemas portuguesas, à curta-metragem realizada pelo espanhol Pedro Almodóvar, em 2019, “A Voz Humana” (“The Human Voice”), e pela qual foi distinguido com o Leão de Ouro de carreira. Esta curta-metragem inspirada no monodrama homónimo escrito por Jean Cocteau, no início do passado século, e que tem como protagonista Tilda Swinton, revela, uma vez mais, a inspiração que o autor francês empresta ao realizador espanhol, já presente na aclamada longa-metragem “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (“Mujeres al borde de un ataque de nervios”) de 1988.
Antes disso, em 2019, pudemos assistir ao filme de dimensão biográfica, “Dor e Glória” (“Dolor y Gloria”) e, agora, em 2021, é precisamente Penélope Cruz quem regressa, pela oitava vez, ao elenco de eleição do novo filme a estrear na abertura do Festival Internacional de Veneza, “Madres Paralelas”. Um filme com um elenco marcadamente de actrizes e que, deixa a antever, fortes temáticas no feminino e na maternidade.
A 78.˚ edição do Festival Internacional de Veneza realiza-se entre 1 e 11 de Setembro e, trinta e oito anos depois da primeira presença de Almodóvar no Festival, na secção Mezzogiorno Mezzanotte com “Negros Hábitos” (“Entre Tinieblas”), irá contar na abertura com a exibição do seu mais recente filme “Madres Paralelas”, também um dos nomeados para vencer o Leão de Ouro.