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Harvey Weinstein condenado a 23 anos de prisão

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Harvey Weinstein foi condenado a 23 anos de prisão esta manhã em Nova Iorque pelas várias acusações de abuso sexual. O ex-produtor norte-americano foi considerado culpado por crimes de ato sexual criminoso no primeiro grau e violação no terceiro grau que vitimaram duas mulheres. A sentença foi lida hoje após mais de dois meses de julgamento e uma dupla condenação em fevereiro. No mês passado, Weinstein tinha sido considerado culpado de ato sexual criminoso em primeiro grau e de violação em terceiro grau.

O juiz James Burke disse a Weinstein que “esta é a sua primeira condenação e não o seu primeiro crime”. O julgamento de Nova Iorque abrangeu cinco acusações criminais, incluindo duas de agressão sexual predatória, uma envolvendo Miriam Haley e a atriz Annabella Sciorra, a outra envolvendo Sciorra e Jessica Mann. Além das acusações predatórias, Weinstein foi acusado de uma acusação de agressão sexual (contra Haley) e duas acusações de violação (uma em primeiro grau, outra em terceiro, ambas envolvendo Mann).

Weinstein, que não testemunhou no seu julgamento, também fez uma declaração antes da sentença. A Variety relata que, embora ele tenha expressado “profundos remorsos” ao tribunal, ele também “recuou no movimento #MeToo, o que implica que ele foi longe demais”. Weinstein disse ao tribunal: “Estou totalmente confuso. Acho que os homens estão confusos com tudo isto… esses sentimento de milhares de homens e mulheres que estão a perder o devido processo, estou preocupado com este país.”

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Weinstein ainda enfrenta um julgamento por má conduta sexual em Los Angeles envolvendo duas mulheres, uma das quais, Lauren Young, testemunhou pela acusação durante o julgamento em Nova Iorque.

Harvey Weinstein, 67 anos, foi detido a 25 de maio de 2018, em Nova Iorque, quando estava a ser investigado por agressões e abuso sexual, tendo saído em liberdade no dia seguinte com pulseira eletrónica, depois de entregar o passaporte e de pagar uma caução de um milhão de dólares. Na altura, as acusações pendiam sobre casos envolvendo oficialmente duas mulheres. Em dezembro de 2019, a fiança subiu para cinco milhões de dólares. Insistiu sempre na inocência, alegando que todos os atos foram consentidos.