25 de Abril

IndieJúnior Porto 2024: Liberdade é o tema central da 8.ª edição que acontece no final de janeiro

"Pela Primeira Vez" (1967), documentário do cubano Octavio Cortázar, sobre a primeira ida ao cinema de um grupo de camponeses "Pela Primeira Vez" (1967), documentário do cubano Octavio Cortázar, sobre a primeira ida ao cinema de um grupo de camponeses
"Pela Primeira Vez" (1967), documentário do cubano Octavio Cortázar, sobre a primeira ida ao cinema de um grupo de camponeses

Entre os dias 22 e 28 de janeiro o IndieJúnior – Festival Internacional de Cinema Infanto Juvenil regressa ao Porto para a sua 8.ª edição, com um programa composto por mais de 60 curtas-metragens, 2 longas-metragens e muitas atividades paralelas, para refletir sobre a Liberdade, no ano em que se assinalam os 50 anos da Revolução de Abril.

A Liberdade é o tema central desta edição, que conta com um programa “que, sem esquecer a revisita à história, se posiciona no presente lançando um debate alargado, dentro e fora das salas, sobre o lugar da democracia, a sua construção e a execução do projeto de Abril no Portugal de hoje.”, segundo o comunicado de imprensa.

O Foco Liberdade é composto por três sessões curtas-metragens e uma longa-metragem, onde se explora a ideia de liberdade num sentido amplo: “O Casaco Rosa”, de Mónica Santos, “curta metragem de animação sobre Rosa Casaco, agente da PIDE que chefiou a brigada responsável pelo assassinato do General Humberto Delgado”; “A Noite Saiu à Rua”, de Abi Feijó, “uma animação panorâmica sobre uma aldeia dominada pela tirania”; “Balada de um Batráquio”, de Leonor Teles, “um filme que intervém no espaço real do quotidiano português como forma de fabular sobre um comportamento xenófobo enraízado na nossa cultura”; “O Cravo e A Liberdade”, “filme evocativo do 25 de abril realizado por alunos da EB 2,3 das Caldas de Taipas”; e “48”, de Susana Sousa Dias, “uma longa que parte de um núcleo de fotografias de cadastro de prisioneiros políticos da ditadura portuguesa (1926-1974), para mostrar os mecanismos através dos quais um sistema autoritário se tentou auto-perpetuar.”

Ainda dentro das comemorações do 25 de abril, em parceria com o projeto FILMar, será realizada uma sessão especial sobre o tema, composta por três curtas metragens portuguesas “que oferecem um contexto de Portugal durante o fascismo do chamado Período Marcelista”: “Amanhecer Para Além da Ponte – Porto” (1961), de César Guerra Leal, “Praias de Portugal” (1952), de Gentil Marques, “Os Portugueses” (1970), de Jean Leduc.

Em paralelo, haverá também um programa de atividades chamado Cinema e Liberdade para alargar a discussão. “No Batalha Centro de Cinema haverá uma Biblioteca Liberdade, com livros infanto-juvenis selecionados que terá alguns momentos de leitura, e uma exposição, AbrirAbril, que parte do imaginário das crianças quando pensam na liberdade e nos vários tipos de opressão que a condicionam, lembrando-nos que a liberdade está sempre por conquistar; assim como conversas informais entre público e realizadores. Serão realizadas ainda as oficinas: Oficina Cartazes Revolucionários a partir das ilustrações de João Abel Manta e do filme A Noite Saiu à Rua; Oficina Quadros Livres, Quadros Felizes que propõem um novo olhar sobre o espólio expositivo do Museu Soares dos Reis; Oficina nas entre linhas, dirigida por Tânia Dinis que propõe uma revisita a um arquivo de fotografias e  imagens em movimento. A dia 22 de janeiro, Mónica Santos orientará um seminário em torno do seu filme para estudantes do ensino secundário; e, no dia 26 de janeiro, terá lugar a conferência 50 Anos Depois, uma reflexão sobre o estado da produção de cinema para infância e juventude. O programa temático integra ainda uma formação sobre o tema direcionada a professores e educadores e uma conversa em torno do filme 48 de Susana de Sousa Dias direcionada a estudantes.”

O convidado da secção O Meu Primeiro Filme é o designer e comunicador Wandson Lisboa que escolheu, para esta edição do festival, o filme “Toy Story: Os Rivais” (1995), que será exibido no sábado, dia 27 de janeiro, no Batalha Centro de Cinema, e que contará com presença de Wandson para apresentar o filme da sua infância.

No dia 28 de janeiro, o Batalha Centro de Cinema recebe o filme-concerto Sons da Liberdade, onde o duo feminino O Som do Algodão junta histórias e música, corpo e palavra, num espetáculo em que a exploração sonora e narrativa emolduram a projeção de dois filmes particulares: “Pela Primeira Vez” (1967), documentário do cubano Octavio Cortázar, sobre a primeira ida ao cinema de um grupo de camponeses, e “The Adventurer” (1917), de Charlie Chaplin.

De 22 a 28 de janeiro, a 8.ª edição do IndieJúnior acontece no Batalha Centro de Cinema, Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Casa das Artes, Coliseu Porto Ageas, Maus Hábitos e Reitoria da Universidade do Porto.

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