Em 1988, era partilhado com o público um filme que até hoje continua a comover gerações de amantes do cinema de animação. Uma película que transcende a continuidade do tempo e que, ao contrário de tantas futilidades na vida, não cai no esquecimento da memória. “O Túmulo dos Pirilampos” ficou de braço dado com a vida de muitos e, cerca de 30 anos após a estreia do que muitos consideraram ser a sua obra-prima, viria a falecer, aos 82 anos, o seu criador, Isao Takahata. No dia 7 de abril de 2018 viria a “cair” um dos pilares do grande universo Ghibli, fundado em 1985, juntamente com o seu colega e amigo Hayao Miyazaki.
Durante a sua carreira artística, criou e produziu inúmeras obras, destacando-se: “Pom Poko” (1994), “Memórias de Ontem” (1991), “O Túmulo dos Pirilampos” (1988) e a sua última obra “O Conto da Princesa Kaguya” (2013). Para além das produções Ghibli, Isao Takahata produziu também “Heidi” (1974).
Uma vida recheada de composições cinematográficas concebidas a partir de alguém que Miyazaki descreve como “um homem de raro intelecto”. Um artista que ousou escrever e dirigir filmes marcantes e que “sempre trabalhou para atingir algo de que se pudesse orgulhar” (Miyazaki).
Considerado por muitos como um símbolo da animação japonesa e um indivíduo icástico do cinema internacional, dois anos depois da sua morte continua a estar presente nas obras que deixa e na visão do mundo que através delas conseguiu transmitir.