25 de Abril

“Latitude Fénix”, de Welket Bungué, seleccionado para o Sheffield DocFest e para o FEST – Festival Novos Realizadores | Novo Cinema

A curta-metragem do ator e realizador guineense-português Welket Bungué “convoca figuras do passado através de corpos do presente, num apelo visceral à reconciliação.”
"Latitude Fénix" (2024), de Welket Bungué "Latitude Fénix" (2024), de Welket Bungué
"Latitude Fénix" (2024), de Welket Bungué

“Latitude Fénix”, de Welket Bungué, terá a sua estreia mundial no Sheffield DocFest, festival internacional de documentários que decorre de 12 a 17 de junho, na secção competitiva de curtas-metragens.

A curta de 15 minutos escrita, realizada e interpretada pelo guineense-português Welket Bungué, é um filme “especulativo” que “convoca figuras do passado através de corpos do presente, num apelo visceral à reconciliação.”

Segundo o realizador, o filme “propõe um encontro especulativo entre o Barão de Água Izé, o primeiro nobre das colónias portuguesas do século XIX com ascendência mista europeia e africana, e Maria Correia, a Princesa Negra da Ilha do Príncipe no século XVIII. Reanimando-os através dos corpos de artistas contemporâneos, o filme usa a dança, a poesia e a música para tecer fios profundos entre o passado e o presente. Transcendendo o espaço, o tempo e a linguagem, o seu encontro debate-se com questões de culpabilidade, poder e exploração da terra e dos corpos negros.”

Segundo o site Bantumen, o realizador “estabelece uma relação intemporal entre as personagens e as Ilhas de São Tomé e Príncipe”. “Nesta ilha, a Princesa de Ébano, Maria Correia, é convocada pela voz dos artistas contemporâneos. Fênix, ela é recebida pelo Barão de Água Izé. Nesta latitude, dialogamos com o quilombismo e a transmutação, dançamos e celebramos o aqui e agora. Se quiser ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir mais longe, vem com a gente.”, lê-se na sinopse oficial.

Co-produzido entre Portugal, Brasil e São Tomé e Príncipe, o filme conta com a participação de Raquel Lima, no papel de Princesa Maria Correia, Ângelo Torres como Barão de Água Izé, Nayrama Fernandes como a Pequena Princesa Maria Correia, Cheila Luís Trindade como Fogo, e Fábio Rodrigues como Cinza.

Em Portugal, o filme de Bungué irá concorrer pelo Grande Prémio Nacional de 2024 do FEST – Festival Novos Realizadores | Novo Cinema, que acontece entre 24 de junho a 1 de julho.

Com cerca de 20 filmes realizados, o ator que reside em Berlim desde 2019 já participou em filmes como “A Viagem de Pedro” (2021),Berlin Alexanderplatz” (2020), “A Ilha dos Cães” (2017), “Joaquim” (2017) e “Cartas da Guerra” (2016).

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