Liv Ullmann vai receber Prémio Carreira da Academia Europeia de Cinema

Liv Ullmann será convidada de honra na cerimónia da 38.ª edição dos Prémios Europeus de Cinema, a 17 de janeiro de 2026 em Berlim
Liv Ullmann (c) Jenny Bewer Liv Ullmann (c) Jenny Bewer
Liv Ullmann (c) Jenny Bewer

 Liv Ullmann vai receber o Prémio Carreira por ocasisão da 38.ª edição dos Prémios Europeus de Cinema, que terá lugar a 17 de janeiro de 2026. A atriz será reconhecida pela Academia de Cinema Europeu pela sua contribuição única para o mundo do cinema e pelo seu trabalho enquanto atriz, realizadora e argumentista.

Nascida em Tóquio,  Liv Ullmann cresceu no Canadá antes de se mudar para a Noruega com a sua irmã. Acabaria por se juntar ao Teatro Nacional Noruguês, em Oslo, e já era uma atriz com carreira reconhecida quando conheceu Ingmar Bergman, em meados dos anos 60.

Trabalhar com o realizador sueco, a par de nomes como  Andersson, Erland Josephson e Max von Sydow, trouxe a Liv Ullman fama internacional e reconhecimento.

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Ela é a atriz muda Elisabet Vogler em “Persona” (1966), ex-violinista Eva Rosenberg em “A Vergonha” (1968), filme que lhe valeu o Prémio Guldbaggem, e é Maria que visita a sua irmã moribunda em “Gritos e Sussurros” (1972), que lhe valeu um prémio especial David di Donatello, em Itália.

Em “Cenas de um Casamento” (1974) interpreta a esposa, Marianne, papel para o qual foi nomeada para um BAFTA e venceu um David di Donatello para Melhor Atriz Estrangeira. Pelo seu papel como a psiquiatra Jenny Isaksson, em “Face a Face” (1976) foi nomeada a um Óscar e um BAFTA.

Em “Sonata de Outono” (1978), ela é a esposa devota, mãe e cuidadora que, depois de sete anos de separação, convida a sua mãe, uma pianista de renome internacional, para uma visita. A sua interpretação valeu-lhe outro prémio David di Donatello para Melhor Atriz Estrangeira.

Liv Ullmann também trabalhou com Jan Troell em “O Preço do Triunfo” (1972) e “Os Emigrantes” (1971), para o qual foi nomeada a um Óscar e, com Mauro Bolognini em “Mosca addio” (1987), que lhe valeu outro prémio David di Donatello.

O seu primeiro filme enquanto realizadora foi “Sofie” (1992), sobre a vida de uma mulher judia em Copenhaga entre 1886 e 1907, com Karen-Lise Mynster, Erland Josephson e Ghita Nørby. Seguiu-se a adaptação do épico de Sigrid Undset “Kristin Lavransdatter” (1995), passado na Noruesa do século XIV, e “Encontros Privados” (1996). Este último contou com o argumento de Ingmar Bergman e conta com Pernilla August e Max von Sydow no elenco.

O seu filme “Infiel” (2000), com Lena Endre e Erland Josephson, estreou em Cannes em competição e foi mais tarde nomeado ao um Goya.

Liv Ullmann ajudou a moldar o entendimento atual em torno do cinema europeu. Ganhou virtualmente todos os prémios que existem, entre os quais o prémio de homenagem Amanda, norueguês, e Guldbagge sueco, e prémios de homenagem em Copenhaga, Gotemburgo, Karlovy Vary e San Sebastian, e um Óscar honorário.

Liv Ullmann é Embaixadora da Boa Vontade da UNICEF, co-fundadora e presidente honorária da Comissão para as Mulheres Refugiadas e um apoiante dedicada de outras organizações filantrópicas.

A convite do Conselho da Academia Europeia de Cinema, Liv Ullmann será convidada de honra na cerimónia da 38.ª edição dos Prémios Europeus de Cinema, a 17 de janeiro de 2026 em Berlim, que será transmitida ao vivo neste link.

A Academia Europeia de Cinema procura apoiar e ligar os seus 5400 membros e celebra e promove o seu trabalho. O seu objetivo é partilhar conhecimento e educar o público de todas as idades para o cinema europeu.

Posicionando-se como uma organização líder que facilita debates cruciais dentro da indústria, a Academia luta por unir todos quantos amam o cinema europeu. A sua intervenção culmina todos os anos com a Época de Prémios Europeus e os Prémios de Cinema Europeus, mas também ao incluir no seu portfólio a herança do cinema europeu e ao expandir o seu foco ao público mais jovem através do Prémio Europeu Público Jovem.