“Loop” é de longe uns dos melhores filmes que passou pelo Fantasporto este ano. Também o mais injustiçado nesta seleção. Um filme a concurso que passa no ecrã depois dos prémios entregues, ficando logo arredado de pelo menos dois prémios, o do Público e o da Crítica. Um filme brasileiro que tem passeado por alguns festivais europeus e que já traz na bagagem alguns prémios. Realizado por Bruno Bini, e com produção e direção artística de Fernando Meirelles, é mais um passo na nova vaga de cinema brasileiro que rasga pelas dificuldades impostas pela atual governação à produção cultural.
Tendo em conta o momento que vivemos, o filme ficará decerto condicionado na sua circulação e estreia em outros países, aliás como estão todos os filmes que estavam nas agendas de estreia.
Uma história simples, que não é novidade mas muito bem contada e acima de tudo com capacidade de agarrar o espectador. A história acompanha três personagens, Daniel (Bruno Gagliasso), um jovem cientista interessado em viagens no tempo. A irmã Simone (Branca Messina), que vai ser o link de garantia nas várias passagens de Daniel e a namorada Maria Luiza (Bia Arantes). “Você tem que chegar mais cedo.” – a frase que é a espinha dorsal de toda a história.
Pode o amor não ser uma história trágica?