Ocorreu o 20.˚ Festival de Animação de Lisboa, Monstra, entre 21 de Julho e 1 de Agosto deste ano, que teve como mote «a inquietação constante do Cinema de Animação», e a Bélgica como país convidado. Os 12 dias de animação espalharam-se por vários sítios da capital, e retornaram ao local de eleição, o Cinema São Jorge.
Segundo o reportado pelo Site do Festival, ficam aqui os premiados da edição deste ano.
«A curta portuguesa ELO, realizada por Alexandra Ramirez, venceu o Prémio SPA | Vasco Granja para Melhor Curta Metragem Portuguesa na 20ª edição do festival, um dos mais importantes galardões do Festival, assim como o Prémio do Público nesta categoria. O júri, composto por Regina Pessoa, Joan Gratz e Otto Alder premiou este filme, que que retrata uma história forte sem o uso da palavra onde fraquezas se tornam poderes, pelo estilo visual delicado combinado com uma paisagem sonora subtil mas imersiva, criando assim uma atmosfera não só intrigante, mas também surpreendente. Além desta premiação, o filme ELO, uma produção Bando à Parte, recebeu ainda o Prémio de Melhor Curta Portuguesa e Prémio do Público na categoria Competição Curtas Metragens, que inclui filmes portugueses e internacionais.
Já o filme WOLFWALKERS, realizado por Tomm Moore e Ross Stewart, recebeu o Grande Prémio Monstra – Longas Metragens. Um toque alquimista de conseguir transformar uma história antiga numa fábula com relevância humanística atual. Um assunto urgente. Uma obra-prima impressionante e filosoficamente profunda, muito bem contada. Ficamos rendidos a uma história que nos ensina a nunca nos deixarmos render., afirmam Anca Damian, António José Martins, Karin Vandenrydt, Pablo Pico e Vasco Sá, que compõem o painel de jurados desta competição. Este filme irlandês recebeu também o Prémio de Melhor Banda Sonora dentro da mesma categoria.
Ainda na competição de longas metragens, o filme russo O NARIZ OU A CONSPIRAÇÃO DOS DISSIDENTES, de Andrey Khrzhanovsky recebeu o Prémio Especial do Júri.
Na competição de curtas, a produção dinamarquesa HYPER-PLASTIC ORGIASTIC do realizador britânico Paul Bush recebeu o prémio de Melhor Curta-Metragem Internacional. O júri, composto por Arturo Cardelús, Abi Feijó, Lia Bertels, Sandra Varatojo Amor e Soetkin Verstegen considerou: num filme muito peculiar, renovando a sua própria técnica, elevando-a mais longe, conseguindo assim com um filme abstrato-figurativo, com uma mensagem clara, oportuna, universal e urgente. Foi um grande desafio, nada óbvio e com um resultado surpreendente.
Na categoria de Curtíssimas, dedicada a filmes com menos de dois minutos, os vencedores foram os filmes WATER, de Cesar Diaz Melendez para Melhor Curtíssima Internacional e 101 UTILIZAÇÕES PARA UM PÉNIS CORTADO de Dan Murphy para Melhor Curtíssima Portuguesa.
Na competição de estudantes, a curta PARA O MAR POEIRENTO (To The Dusty Sea), da realizadora francesa Héloïse Ferlay recebeu Melhor Curta de Estudantes Internacional pela forma como o filme aborda um tema difícil e muitas vezes invisível através do cuidado da criação de personagens. Pela maturidade e sensibilidade que se sente na sua realização e pela capacidade de nos fazer mergulhar no universo do filme., afirma o júri desta competição. Já PALAVRAS GASTAS de Maria Geraldes recebeu o Prémio Melhor Curta Metragem de Estudantes Portuguesa. Estes prémios são patrocinado pela World Academy e pela Nescafé Dolce Gusto
Por fim, o filme THE MONKEY, de Lorenzo Degl’Innocenti e Xosé Zapata recebeu o Grande Prémio Monstrinha Escolas e a curta lituana MATILDA AND SPARE HEAD, realizado por Ignas Meilūnas recebeu o Grande Prémio Monstrinha Pais e Filhos, patrocinado pela Fundação Inatel.»