Morreu este sábado, em Paris, a atriz dinamarquesa Anna Karina, musa da nouvelle vague, aos 79 anos, vítima de cancro.
Nascida em Copenhaga em 1940, Hanna Karin Barke Bayer, batizada Anna Karina por Coco Chanel, começou a sua carreira como modelo até que conheceu o cineasta Jean-Luc Godard no anos 1960, com quem casou anos mais tarde. Rapidamente se tornou num dos ícones do cinema contemporâneo ao participar em vários filmes de Godard, como “Uma Mulher É Uma Mulher” (1961), “Viver a Sua Vida” (1962), “O Soldado das Sombras” (1963), “Bando à Parte” (1964), “Alphaville” (1965) e “Pedro, o Louco” (1965). Depois de se divorciar de Godard, voltaria a casar três vezes.
A atriz trabalhou ainda com grandes nomes cineastas do cinema europeu como Agnès Varda, Jacques Richard, Rainer Werner Fassbinder, Robert Asher, Raoul Ruiz, Jacques Rivette, George Cukor, e Luchino Visconti, tendo entrado em filmes como: “Duas Horas na Vida de Uma Mulher” (1962), “A Religiosa” (1966), “Roleta Chinesa” (1976), e “A Ilha do Tesouro” (1985).
Em 2018, o Festival de Cannes prestou-lhe homenagem ao ser imagem do cartaz oficial do festival com um fotograma do filme “Pedro, o Louco” (1965), onde um homem (Jean-Paul Belmondo) e uma mulher (Anna Karina), beijam-se apaixonadamente.
A atriz tinha sido convidada para estar presente em maio deste ano no Festival IndieLisboa 2019, mas a viagem foi cancelada por razões de saúde.
Também argumentista, realizadora (“Vivre ensemble”, de 1973, foi o seu primeiro filme escrito e realizado por Karina), cantora e escritora, Anna Karina foi uma das grandes estrelas do cinema europeu.