Morreu o realizador e argumentista Ettore Scola, um dos grandes mestres do cinema italiano, aos 84 anos, em Roma. Realizou mais de 30 filmes, entre os quais “Feios, Porcos e Maus” (1976), uma das principais obras que marcou a carreira do realizador italiano.
Nascido em 1931, começou por trabalhar como argumentista entre os anos 1950 e inicios dos anos 1960. Estreia-se como realizador em 1964 com “Se permettete parliamo di donne”, com a participação de Mario Brega, Walter Chiari e Umberto D’Orsi.
Seguiram-se filmes como “Um Italiano em Angola” (1968) e “Ciúme, Ciúmes e Ciumentos” (1970), que valeu a Mastroianni o prémio de Melhor Ator no Festival de Cannes. Mas foi com “Tão Amigos que Nós Éramos” (1974), que Ettore conseguiu o seu primeiro grande sucesso internacional, tendo recebido o César para Melhor Filme Estrangeiro.
Ettore Scola venceu o Prémio para a melhor realização no Festival de Cannes de 1976, pelo filme “Feios, Porcos e Maus” (1976). Este tornou-se no seu filme de maior sucesso internacional e confirmou o cineasta como um dos mais importantes do cinema europeu da atualidade. “Feios, Porcos e Maus” é uma comédia negra sórdida e absolutamente amoral sobre o cruel e alucinante quotidiano de uma miserável família romana.
“Um Dia Inesquecível” (1977), “O Terraço” (1980), “O Baile” (1983), “A Família” (1987) e “Che ora è?” (1989) foram algumas das suas obras que tiveram um grande sucesso internacional. Ettore trabalhou ao longo da sua carreira com atores como Marcello Mastroianni, Sofia Loren, Vittorio Gassman, Nino Manfredi, Stefania Sandrelli, Anne Parillaud, Harvey Keitel, Hanna Schygulla, Ugo Tognazzi e Jean-Louis Trintignant.
Em 2013 estreou o seu último filme, “Que Estranho Chamar-se Federico”, em homenagem a Fellini.