Morreu, na última sexta-feira (10), aos 86 anos, o realizador, produtor cinematográfico e argumentista britânico Hugh Hudson. A informação foi divulgada pela família, que informou um “breve período” em que Hudson esteve doente.
A breve nota não detalha a causa da morte. A BBC reporta que Hudson estava internado em um hospital em Charing Cross, Londres, antes da morte.
O realizador britânico laureou-se com o Óscar de Melhor Filme de 1982 com o drama “Momentos de Glória” (1981). A notícia da morte de Hudson chega menos de nove meses após a morte do compositor do filme, Vangelis.

Além do clássico, seu currículo também conta com “Greystoke: A Lenda de Tarzan, o Rei da Selva” (1984), “Revolução” (1985), “Tempo de Inocência” (1999) “África dos Meus Sonhos” (2000), e mais – todos sem o mesmo impacto de “Momentos de Glória”.
Seu último trabalho foi “Altamira” (2016). A produção que retrata a descoberta das grutas pré-históricas com o mesmo nome na Cantábria, foi gravada na Espanha e teve o nomeado aos Óscares Antonio Banderas no papel principal.
Ele deixa sua esposa Maryam D’Abo e seu filho Thomas.
Antes de Momentos de Glória
O britânico iniciou sua trajetória na publicidade, trabalhando em comerciais para televisão. Além disso, também foi diretor de segunda unidade no filme “O Expresso da Meia-Noite” (1978), de Alan Parker. Em 1980, produziu um documentário sobre o automobilista argentino Juan Manuel Fungio.
Momentos de Glória
O longa, com argumento de Colin Welland e banda sonora de Vangelis, é um drama histórico centrado nas experiências de dois corredores, Eric Liddell, um cristão escocês, e Harold Abrahams, um judeu inglês.
A obra mais lembrada da filmografia de Hudson foi nomeada a um total de sete Óscares, incluindo a nomeação de melhor realizador para Hudson, e ganhou quatro – melhor filme (para David Puttnam), banda sonora original (para Vangelis), argumento (para Colin Welland) e guarda-roupa (para Milena Canonero), em 1982.
A produção também conferiu uma nomeação na categoria de melhor ator secundário para Ian Holm (1931-2020) – a única nomeação do eterno Bilbo Bolseiro.
De acordo com o British Film Institute (BFI), “Momentos de Glória” tornou-se “um dos filmes britânicos mais controversos da década” devido à sua percepção como uma “acusação radical do esnobismo do establishment”.
O drama segue em 19º lugar no Top 100 British Films do BFI.