O realizador francês Jacques Rivette morreu esta sexta-feira, aos 87 anos, segundo avançou o jornal Le Monde. Rivette era um dos realizadores mais importantes da nouvelle vague, movimento artístico do cinema francês. Juntamente com François Truffaut, Jean-Luc Godard, Claude Chabrol e Eric Rohmer, fez parte do grupo de críticos da revista Cahiers du Cinéma. Juntamente com estes cineastas defendeu as teses de Truffaut sobre o cinema de autor, que defendia o realizador como o único autor do filme.
De crítico passou a realizador, em 1961 com “Paris nous appartient”, a sua primeira longa-metragem. Antes tinha realizado quatro curtas-metragens, nos anos 1950. Da sua obra destacam-se os trabalhos “A Religiosa” (1966), “L’amour fou” (1969), “Vento do Noroeste” (1976), “O Bando das Quatro” (1989), “A Bela Impertinente” (1991), “Joana d’Arc, a Donzela: As Prisões” (1994), “Joana d’Arc, a Donzela: As Batalhas” (1994) e “Sabe-se Lá” (2001). O seu último trabalho foi em 2009, “36 Vistas do Monte Saint-Loup”.
Ao longo da sua carreira colaborou com os atores, Michel Piccoli, Geraldine Chaplin, Anna Karina, Sandrine Bonnaire, Jane Birkin e André Dussollier, entre outros. Em 1989, ganhou no Festival de Berlim o prémio FIPRESCi com o filme “O Bando das Quatro”.
Fleur Pellerin, ministra francesa da Cultura, escreveu no seu Twitter que Rivette foi um cineasta “da intimidade e da impaciência amorosa”.