Morreu Terence Davies, realizador de “Vozes Distantes, Vidas Suspensas”

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O realizador britânico Terence Davies faleceu no sábado (7), aos 77 anos. Um comunicado na conta do realizador no Instagram anunciou com pesar o seu falecimento, ocorrido pacificamente em sua residência após uma breve enfermidade.

O cotidiano da classe trabalhadora inglesa foi um tema constante em sua filmografia, espelhando sua própria trajetória pessoal.

O britânico estreou com o curta-metragem “Crianças”, uma obra autobiográfica que retratava sua infância na classe trabalhadora. O realizador optou por deixar a escola aos 16 anos, dedicando uma década ao trabalho como balconista antes de dar seus primeiros passos na indústria cinematográfica.

Ainda estudante da Escola Nacional de Cinema, Davies realizou “Madonna e o Menino”, um filme inspirado em suas vivências como balconista.

Além desses, em sua lista de realizações destaca-se o filme autobiográfico “Vozes Distantes, Vidas Suspensas”, que proporciona um retrato de uma família disfuncional em Liverpool. Outro exemplar de sua filmografia autobiográfica é “Aqueles Longos Anos” (1992), no qual explora o surgimento de sua paixão pelo cinema durante a adolescência, também ambientado em Liverpool.

 

Em 1995, o realizador foi nomeado ao BAFTA por “A Bíblia de Neon”, uma adaptação do romance de John Kennedy Toole. Apesar da presença de Gena Rowlands no elenco, a produção não foi tão bem recebida pela crítica quanto “Vozes Distantes, Vidas Suspensas”, que recebeu o Prémio da Crítica Internacional em Cannes em 1988.

 

Em 2011, rodou “O Profundo Mar Azul”, filme estrelado por Rachel Weisz e Tom Hiddleston.

 

Seu último trabalho foi o filme “Benediction” da Netflix, lançado em 2021, uma longa-metragem que retrata a vida do soldado e poeta Siegfried Sassoon, com a participação dos atores Jack Lowden e Peter Capaldi.

 

 

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