25 de Abril

Morreu Tom Wilkinson, ator duas vezes nomeado ao Óscar de Melhor Ator Secundário

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O prestigiado ator britânico Tom Wilkinson, duas vezes nomeado aos Óscares, veio a falecer de maneira inesperada no último sábado (30), aos 75 anos. Conforme informado por seus familiares, ele sofreu um mal súbito em sua residência, resultando em seu repentino falecimento.

Conceituado e celebrado em cada filme em que participou, seja como protagonista ou secundário, Wilkinson construiu uma vasta e laureada carreira ao longo de 50 anos. Ele colaborou com diversos realizadores admiráveis e menos conhecidos de sua época, como o compatriota Christopher Nolan e o taiwanês Ang Lee.

Além disso, teve experiências de trabalho com figuras controversas, como o norte-americano Woody Allen e o francês Roman Polanski.

Um dos alunos ilustres da Royal Academy of Dramatic Art, Wilkinson iniciou sua carreira na televisão em 1975. Sua estreia na sétima arte ocorreu dez anos depois, com papéis secundários em filmes como “Sombras do Passado” (1985), de David Hare e “Sylvia” (1985), de Michael Firth.

Entretanto, somente na década de 1990 é que começou a se destacar, mesmo em papéis secundários, como um promotor em “Em Nome do Pai” (1993), de Jim Sheridan, e um abastado aristocrata em “Sensibilidade e Bom Senso” (1995), de Ang Lee, cuja morte leva suas filhas à penúria.

 

Wilkinson também interpretou o chefe de Michael Douglas no filme de Stephen Hopkins “A Sombra e a Escuridão” (1996), e o vilão de “Mistério na Neve” (1997), de Bille August. Esses papéis lhe renderam elogios da crítica, mas foi sua atuação como Gerald Cooper em “Ou Tudo ou Nada” (1997), de Peter Cattaneo, que o tornou um astro internacional.

 

A partir desse ponto, sua carreira decolou, e Wilkinson estrelou em diversos sucessos, incluindo o controverso filme vencedor do Óscar “A Paixão de Shakespeare” (1998), de John Madden, com quem viria a trabalhar novamente em 2011 no sucesso de crítica e público “Exótico Hotel Marigold”, um dos meus filmes favoritos de todos os tempos.

 

Posteriormente, ele solidificou sua trajetória com duas nomeações aos Óscares de Melhor Ator Secundário. A primeira ocorreu em “Vidas Privadas” (2001), de Todd Field, no qual interpretou o pai enlutado de um filho assassinado.

 

A segunda nomeação veio com “Michael Clayton – Uma Questão de Consciência” (2007), de Tony Gilroy. No suspense, Wilkinson interpretou um advogado, colega de George Clooney, que entra em colapso ao descobrir a culpa do conglomerado que defendia por várias mortes, encontrando um destino trágico por conhecer demais. Além de Clooney, na produção ele atuou com a camaleônica Tilda Swinton e o lendário Sydney Pollack.

 

Entre os dois projetos, Wilkinson brilhou em mais de uma dezena de filmes. Alguns títulos bastante conhecidos incluem “A Rapariga com Brinco de Pérola” (2003), de Peter Webber, e “O Despertar da Mente” (2004), de Michel Gondry.

 

Foi nesse período também que o ator ganhou dois papéis marcantes para o grande público: o Padre Richard Moore em “O Exorcismo de Emily Rose” (2005), de Scott Derrickson, e Carmine Falcone em “Batman Begins” (2009), de Christopher Nolan.

 

Wilkinson continuou a enriquecer sua filmografia fenomenal com títulos como “O Sonho de Cassandra” (2007), de Woody Allen, “RocknRolla — A Quadrilha” (2008), de Guy Ritchie, “Operação Valquíria” (2009), de Bryan Singer, “O Escritor Fantasma” (2010), de Roman Polanski, “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (2011), de Brad Bird, e o maravilhoso “O Exótico Hotel Marigold (2011), de John Madden, onde ao lado de Judi Dench, Bill Nighy, Maggie Smith, Ronald Pickup, Celia Imrie, Penelope Wilton, Dev Patel e de sua esposa Diana Hardcastle, fez seu primeiro papel gay.

 

O britânico também tem créditos no nomeado ao Óscar “Selma” (2014), de Ava DuVernay, onde interpretou o presidente Lyndon B. Johnson.

 

No mesmo ano, ele também teve uma breve participação na comédia “Grand Budapest Hotel” (2014), de Wes Anderson. E, em 2016, co-estrelou com Rachel Weisz e Timothy Spall o elogiado drama histórico “Negação”, de Mick Jackson.

 

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