Arranca hoje a 18.ª edição do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa com a antestreia nacional de “Não Fales do Mal” (“Speak No Evil”), escrito e realizado pelo cineasta britânico James Watkins e protagonizado por James McAvoy, Mackenzie Davis e Scoot McNairy. A sessão decorre às 21h, no Cinema São Jorge, Sala Manoel de Oliveira.
“Não Fales do Mal” é um remake do filme dinamarquês de 2022, de Christian Tafdrup, que venceu o Prémio Méliès d’argent – Melhor Longa Europeia na 16.ª edição do MOTELX. “Explorando as relações sociais, embrulhadas num terror psicológico em que a tensão e a hipocrisia se instalam e tornam umas férias num pesadelo, a atual produção americana revela um feroz James McAvoy a liderar a tempestade.”
Este novo thriller psicológico segue uma família americana que visita a casa de campo de um casal que conheceram durante umas férias de Verão em Itália. No princípio, tudo parece bem, mas quando Paddy, Ciara e Ant – o filho mudo deles – começam a exibir um comportamento estranho e hostil, a viagem que deveria ser um sonho americano torna-se rapidamente um pesadelo.
O filme estreia comercialmente nas salas de cinema em Portugal a 12 de setembro.
Um dos maiores destaques da 18.ª edição é a exibição de cinco filmes banidas pela censura durante o Estado Novo: “Il Demonio”, de Brunello Rondi (Itália, França, 1963), “The Plague of the Zombies”, de John Gilling (Reino Unido, 1966), “10 Rillington Place”, de Richard Fleischer (Reino Unido, 1971), e “Valerie and Her Week of Wonders”, de Jaromil Jireš (Checoslováquia, 1970). As obras integram o ciclo “A Bem da Nação: Os Filmes de Terror Proibidos pelo Estado Novo”, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Além das quatro escolhas, há uma sessão surpresa a ter lugar na Sala Rank do Cinema São Jorge, onde, reza a lenda, a censura via e classificava filmes.
As comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos continua com a secção Quarto Perdido, que tem confirmada até ao momento os filmes “A Culpa” (1980), a primeira longa-metragem realizada pelo compositor e maestro António Victorino D’Almeida (com presença garantida na sessão) “e um dos primeiros exemplos de ficção, depois do 25 de Abril, sobre a guerra colonial”; e a curta-metragem “As Desventuras de Drácula Von Barreto nas Terras da Reforma Agrária” (1977), desenvolvida pela Célula de Cinema do PCP.