O MOTELX divulgou a programação completa da histórica 16ª edição do festival que decorre ao longo de sete dias, de 6 a 12 de Setembro, em Lisboa, e traz ao grande ecrã mais de 100 filmes.

Nas palavras dos directores artísticos Pedro Souto e João Monteiro: 16 anos desde a fundação do MOTELX, podemos finalmente afirmar que o grande destaque desta edição é o cinema de terror português.
A acompanhar o lançamento do livro “O Quarto Perdido do MOTELX – Os Filmes do Terror Português (1911-2006)”, está a exibição de filmes mudos, antigos e actuais, com a estreia de “Os Demónios do Meu Avô” e as estreias mundiais de “Criança Lobo” e da co-produção com Espanha “O Corpo Aberto”.
Cabe a “Corpos Corpos Corpos” (EUA, 2022) abrir a edição deste ano do MOTELX, no dia 6. Realizado por Halina Reijn, a segunda longa-metragem desta também actriz holandesa é um slasher movie da geração Z sobre um grupo de jovens ricos que planeia uma festa que corre muito mal.
Na secção Serviço de Quarto, além dos já revelados “Óculos Escuros”, apresentado pelo próprio realizador, o mítico Dario Argento, no dia 8, ou “Final Cut”, de Michel Hazanavicius, junta-se “Something in the Dirt”, um filme dirigido, escrito e protagonizado pelos norte-americanos Aaron Moorhead e Justin Benson.

A não perder também, em estreia nacional, “Polaris” (Canadá, 2022), de Kirsten Carthew, um filme pós-apocalíptico inspirado no ecofeminismo e na urgência de uma mudança cultural e sustentável significativa, caracterizado pela realizadora como o Mad Max do Ártico, e “Candy Land” (EUA, 2022), de John Swab, uma road trip infernal sobre sexo, religião e violência.
Nesta secção encontram-se ainda os “Satan’s Slaves 2: Communion” (Indonésia, 2022), de Joko Anwar, “Ashkal” (França, Tunísia, Catar, 2022), de Youssef Chebbi, “Saloum” (Senegal, 2021), de Jean Luc Herbulot, e “Parsley” (República Dominicana, 2022), de José María Cabral.
Com uma grande aposta em mulheres realizadoras, este ano, na seleção Méliès d’argent – Melhor Longa Europeia destacam-se a estreia mundial da produção ibérica “O Corpo Aberto” (Espanha, Portugal, 2022), de Ángeles Huerta, um folk horror com os actores portugueses Victoria Guerra e José Fidalgo, “Nightsiren” (Eslováquia, Chéquia, 2022), de Tereza Nvotová, e “A Banquet” (Reino Unido, 2021), de Ruth Paxton, a sua primeira longa-metragem.

A completar a lista de cinema europeu em competição, onde estão os já anunciados “Os Demónios do Meu Avô” (Portugal, 2022), de Nuno Beato, “Criança Lobo” (Portugal, 2022) – em estreia mundial -, de Frederico Serra, e “Wolfkin” (Luxemburgo, 2022), de Jacques Molitor, distingue-se também o terror psicológico do altamente perturbador “Speak No Evil” (Dinamarca, Holanda, 2022).
Outros momentos incontornáveis da 16.ª edição do MOTELX são as exibições de “Hotel da Noiva” (Portugal, 2007), de Bernardo Cabral – um filme lendário rodado nos Açores -, numa Sessão Especial de culto, “Inferno Rosso: Joe D’Amato on the Road of Excess” (Itália, 2021), de Manlio Gomarasca e Massimiliano Zanin – um documentário sobre o versátil realizador italiano Joe D’Amato -, na secção Doc Terror, e “The Seed” (Reino Unido, 2021), de Sam Walker, com “Deadstream” (EUA, 2022), de Joseph e Vanessa Winter, no regresso da Sessão Dupla à programação do Festival.
A 7 de Setembro, no Teatro São Luiz, em parceria com a Casa Bernardo Sassetti, é projectado o primeiro filme de terror português, “Os Crimes de Diogo Alves” (1911), de João Tavares (1883-1971), acompanhado por uma partitura original assinada por Bernardo Sassetti (1970-2012) e interpretada por um combo da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação do professor Desidério Lázaro.
Depois do cine-concerto, uma conversa acerca do processo de composição para filmes mudos, com um painel moderado por Inês Laginha e formado, além de Lázaro, pelo guitarrista Tó Trips e o pianista Filipe Raposo.
Os bilhetes são colocados à venda, a partir da próxima semana, na Ticketline.