O Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, que se realiza de 9 a 16 de novembro, no Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa e no ISCTE, organiza duas sessões de filmes e debates, sobre violência de género em Portugal e o quotidiano na Palestina, que antecipam a 10.ª edição.
As sessões warm-up do Olhares do Mediterrâneo começam já no dia 10 de outubro, pelas 18h, com a exibição de “No Canto Rosa”, de Cláudia Rita Oliveira, um documentário sobre a violência de género em Portugal. “O filme acompanha um ciclo de perseguições, assédio e ameaças a Francisca por parte do ex-companheiro, e questiona a impotência da mulher enquanto vítima de um agressor e de um sistema patriarcal. Após o filme segue-se um debate com a realizadora e vários especialistas em violência de género. Esta sessão, organizada em colaboração com a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Respostas, realiza-se na sede UMAR”.
No dia 3 de novembro, no Auditório JJ Laginha, ISCTE, será exibido “Villa Touma”, de Suha Arraf, que explora temas como o isolamento, identidade, religião e a busca pela liberdade pessoal num contexto de conflito político. “Neste filme conhecemos a história de três irmãs cristãs palestinianas que vivem em reclusão na sua mansão decrépita, a Villa Touma, na cidade de Ramallah, Cisjordânia, após o declínio da classe social priveligiada a que pertenciam. As irmãs são solitárias e isoladas do mundo exterior, mas a sua vida tranquila é abalada quando um jovem palestiniano entra nas suas vidas. Depois da projeção de “Villa Touma” haverá um debate em torno das temáticas do filme.”. Ambas as sessões são de entrada livre.
O programa da 10.ª edição do festival, dedicado exclusivamente à cinematografia feminina, “com o propósito de dar particular visibilidade à presença das mulheres no panorama cinematográfico internacional”, será revelado em breve.
O festival Olhares do Mediterrâneo é o mais antigo festival de cinema no feminino em Portugal, e é o único dedicado à cinematografia da bacia do Mediterrâneo.