A cerimónia mais importante do cinema nos Estados Unidos deu-se ontem no Teatro Kodak, em Los Angeles. Foi a 83ª edição dos Óscares que teve James Franco e Anne Hathaway como anfitriões, que conduziram a cerimónia. Os dois estreantes apresentadores dos óscares, começaram bem com um número de abertura divertido, mas ao longo da cerimónia a diversão ia perdendo o brilho e a graça. Chegando ao ponto de Anne Hathaway ser a única a destacar-se por mostrar alguma energia, que o seu colega James Franco não quis mostrar, parecendo bastante sério e por vezes arrogante. Esta foi uma das mais rápidas cerimónias dos últimos anos (cerca de três horas) e praticamente não houve grandes surpresas.
“O Discurso do Rei”, o líder dos nomeados, foi o grande vencedor da noite, recebendo as estatuetas de Melhor Filme, Melhor Realizador (Tom Hooper), Melhor Actor (Colin Firth) e Melhor Argumento Original (David Seidler). “A Origem”, de Christopher Nolan, também recebeu quatro estatuetas douradas, mas em categorias técnicas, Melhor Fotografia, Melhor Som, Melhores Efeitos Sonoros e Melhores Efeitos Visuais. “A Rede Social” que era um dos favoritos ganhou apenas três óscares, Melhor Argumento Adaptado (Aaron Sorkin), Melhor Banda Sonora Original e Melhor Montagem. Seguem-se empatados com dois prémios cada, o “The Fighter – Último Round”, “Alice no País das Maravilhas” e “Toy Story 3”. “O Cisne Negro” teve que se contentar com apenas um prémio, o de Melhor Actriz (Natalie Portman). A Dinamarca festejou a vitória de “In a Better World” como o Melhor Filme Estrangeiro.
A cerimónia ficou ainda marcada pela presença de Kirk Douglas, que apresentou a categoria de Melhor Actriz Secundária, e que, apesar da idade, proporcionou um dos melhores momentos do evento, com o seu bom humor. Em homenagem aos vários artistas do cinema que faleceram em 2010, Celine Dion cantou a célebre música “Smile”, composta por Charles Chaplin, sendo também um dos melhores momentos da cerimónia. Que infelizmente foram poucos, visto a rapidez a que os óscares eram entregues, o pouco humor por parte dos apresentadores e da falta de música, fizeram desta edição dos óscares uma das mais fracas. O que é de lamentar, visto esta edição ser uma das que tem uma das melhores listas de filmes nomeados, com filmes bastante bons.
Apesar de os vencedores terem sido previsíveis, as nossas previsões não corresponderam muito bem à lista de vencedores. Tínhamos alguma esperança de que algumas das nossas apostas se concretizassem. Acertamos apenas 11 em 24 categorias (um sucesso de 47%) (Veja as nossas previsões aqui).
Melhor Filme
“The King’s Speech”
Melhor Realizador
Tom Hooper, por “The King’s Speech”
Melhor Actor
Colin Firth, por “The King’s Speech”
Melhor Actriz
Natalie Portman, por “Black Swan”
Melhor Actor Secundário
Christian Bale, por “The Fighter”
Melhor Actriz Secundária
Melissa Leo, por “The Fighter”
Melhor Argumento Original
David Seidler, por “The King’s Speech”
Melhor Argumento Adaptado
Aaron Sorkin, por “The Social Network”
Melhor Longa-metragem de Animação
“Toy Story 3”
Melhor Filme Estrangeiro
“In a Better” World” (Dinamarca)
Melhor Banda Sonora Original
Trent Reznor e Atticus Ross, por “The Social Network”
Melhor Canção Original
“We Belong Together” (“Toy Story 3”)
Melhor Direcção Artística
“Alice in Wonderland”
Melhor Fotografia
“Inception”
Melhor Guarda-Roupa
“Alice in Wonderland”
Melhor Montagem
“The Social Network”
Melhor Caracterização
“The Wolfman”
Melhor Som
“Inception”
Melhores Efeitos Sonoros
“Inception”
Melhores Efeitos Visuais
“Inception”
Melhor Documentário
“Inside Job”, por Charles Ferguson e Audrey Marrs
Melhor Documentário de Curta-Metragem
“Strangers No More”
Melhor Curta-Metragem de Animação
“The Lost Thing”
Melhor Curta-Metragem de Imagem Real
“God of Love”