Apesar da pandemia os países começam a revelar os seus filmes candidatos ao Óscar de Melhor Filme Internacional para a 93.ª edição dos Óscares, que foi adiada de 28 de fevereiro para 25 de abril de 2021.
Com esta mudança da data da cerimónia dos Óscares o calendário anual fica alterado para a “temporada de prémios”, que terá agora de se adaptar. Todos os filmes submetidos deverão ter sido estreados em sala ou em plataforma de streaming, nos seus respetivos países entre 1 de janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021.
A Academia Portuguesa do Cinema escolheu o filme “Listen”, realizado por Ana Rocha de Sousa, para representar Portugal na categoria de Melhor Filme Internacional. “Listen” é o filme português mais visto do ano nas salas de cinema nacionais, com mais de 30 mil espectadores e é atualmente o filme português mais badalado do ano. Conquistou seis galardões na 77.ª edição do Festival de Cinema de Veneza (Leão do Futuro – Melhor primeira obra, Prémio especial do Júri – secção Horizontes, Bisato d’Oro – Melhor filme, Sorriso Diverso Veneza – Melhor filme estrangeiro – causas sociais, Casa Wabi – Mantarraya Award, e Hollywood Foreign Press Association).
Destaque para o filme candidato da Palestina, “Gaza mon amour”, realizado por dois gémeos Tarzan e Arab Nasser, que é uma co-produção da Palestina, França, Alemanha, Qatar e Portugal (pela produtora portuguesa Pandora da Cunha Telles). O filme conta a história real de um pescador palestiniano que descobriu, em 2014, uma estátua do deus mitológico grego Apolo, nas águas de Gaza. O filme foi parcialmente gravado no Algarve, para a recriação dos portos marítimos de Gaza.
Após o encerramento do período de submissão, apenas nove finalistas serão selecionadas do número total de submissões (em finais de dezembro). A Academia depois anunciará apenas cinco nomeados a 15 de março de 2021. A 93.ª edição dos Óscares terá lugar a 25 de abril de 2021, no Dolby Theatre.
Lista de filmes candidatos:
Albânia – Open Door , de Florenc Papas
Alemanha – And Tomorrow the Entire World, de Julia von Heinz
Austria – What We Wanted, de Ulrike Kofler
Bélgica – Working Girls, de Frédéric Fonteyne, Anne Paulicevich
Bósnia e Herzegovina – Quo Vadis, Aïda?, de Jasmila Žbanić
Brasil – Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer Parou, de Bárbara Paz
Bulgária – The Father, de Kristina Grozeva, Petar Valchanov
Coreia do Sul – The Man Standing Next, de Woo Min-ho
Costa do Marfim – Night of the Kings, de Philippe Lacôte
Costa Rica – Land of Ashes, de Sofía Quirós Úbeda
Croácia – Extracurricular, de Ivan-Goran Vitez
Dinamarca – Another Round, de Thomas Vinterberg
Equador – Emptiness, de Paul Venegas
Eslováquia – The Report, de Peter Bebjak
Eslovénia – Stories From The Chestnut Woods, de Gregor Božič
Espanha – La trinchera infinita, de Aitor Arregi, Jon Garaño
Estónia – The Last Ones, de Veiko Õunpuu
Finlândia – Tove, de Zaida Bergroth
Geórgia – Beginning, de Dea Kulumbegashvili
Grécia – Apples, de Christos Nikou
Guatemala – La Llorona, de Jayro Bustamante
Holanda – Buladó, de Eché Janga
Japão – True Mothers, de Naomi Kawase
Jordânia – 200 Meters, de Ameen Nayfeh
Kosovo – Exile, de Visar Morina
Lesoto – This Is Not a Burial, It’s a Resurrection, de Lemohang Jeremiah Mosese
Lituânia – Nova Lituania, de Karolis Kaupinis
Luxemburgo – River Tales, de Julie Schroell
Macedónia do Norte – Willow, de Milcho Manchevski
Montenegro – Breasts, de Marija Perović
Noruega – Hope, de Maria Sødahl
Palestina – Gaza mon amour, de Arab Nasser, Tarzan Nasser
Panamá – Causa Justa, de Luis Franco Brantley, Luis Pacheco
Peru – Song without a Name, de Melina León
Polónia – Never Gonna Snow Again, de Małgorzata Szumowska, Michał Englert
Portugal – Listen, de Ana Rocha de Sousa
Roménia – Collective, de Alexander Nanau
República Checa – Charlatan, de Agnieszka Holland
Singapura – Wet Season, de Anthony Chen
Sudão – You Will Die at 20, de Amjad Abu Alala
Suécia – Charter, de Amanda Kernell
Suíça – My Little Sister, de Stéphanie Chuat, Véronique Reymond
Taiwan – A Sun, de Chung Mong-hong
Ucrânia – Atlantis, de Valentyn Vasyanovych
Venezuela – Once Upon a Time in Venezuela, de Anabel Rodríguez Ríos
(Artigo em atualização)
Atualizado a 19 de novembro de 2020.