Os membros da Academia Portuguesa de Cinema (APC) escolheram um novo candidato, “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, para representar Portugal na categoria de Melhor Filme Internacional, na 93.ª edição dos Óscares da Academia Americana de Cinema.
“Após a exclusão de ‘Listen’, comunicada na passada sexta-feira dia 18, procedeu-se a uma segunda votação entre os membros da Academia Portuguesa de Cinema, no sentido de garantir nova oportunidade de voto a todos os que haviam seleccionado o filme na primeira votação, assegurando a maior representatividade possível na escolha do candidato de Portugal”, escreveu a Academia Portuguesa de Cinema em comunicado.
No passado dia 18 de dezembro a APC foi informada de que “após análise do filme “Listen” de Ana Rocha de Sousa, e apesar das particularidades da narrativa justificarem o recurso a diálogos em língua inglesa, o comité internacional da AMPAS considerou a candidatura não elegível e solicita o envio de um novo candidato com a máxima urgência possível.”
Os membros da APC tiveram de votar com urgência entre os restantes três candidatos: “Mosquito”, de João Nuno Pinto (Leopardo Filmes), “Patrick”, de Gonçalo Waddington (O Som e a Fúria) e “Vitalina Varela”, de Pedro Costa (OPTEC).
“Vitalina Varela”, tem sido um dos filmes portugueses mais premiados do ano. Estreou em agosto do ano passado no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, onde arrecadou o Leopardo de Ouro e o Leopardo de Melhor Interpretação Feminina. Desde então tem recebido vários prémios em diversos festivais internacionais de cinema e venceu recentemente o prémio de Melhor Filme da Sociedade Portuguesa de Autores e dois prémios da International Cinephile Society (Melhor Atriz e Melhor Fotografia). O filme de Pedro Costa tem sido incluído em várias listas de melhores filmes de 2020, tendo ficado em primeiro lugar na lista do jornal Los Angeles Times e em 18.º na lista dos 50 melhores filmes de 2020 para a IndieWire.
O filme, com produção da OPTEC, conta a história de uma mulher que viveu grande parte da vida à espera de ir ter com o marido, Joaquim, emigrado em Portugal. Sabendo que ele morreu, Vitalina Varela chegou ao país três dias depois do funeral.