As audiências da transmissão ao vivo da 95.ª cerimónia dos Óscares, na noite de 12 de março, no canal ABC, aumentou mais de 12% em relação ao ano passado, tendo sido vista por cerca de 18,7 milhões de espectadores, mas continua a ser um dos valores mais baixos da história do programa, segundo avança a imprensa norte-americana.
Os Óscares 2023, que premiaram “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo” com sete estatuetas douradas, incluindo a de Melhor Filme, são a terceira pior da história dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS). No entanto, é o segundo ano consecutivo que as audiências da transmissão televisiva da cerimónia aumentam, depois de em 2021 ter tido apenas 10,40 milhões de espectadores (a pior audiência de sempre) e em 2022 foram 15,36 milhões. A edição de 2023 foi a primeira edição sem quaisquer restrições da COVID e voltou a incluir as 23 categorias na cerimónia, algo que no ano passado não aconteceu.
A transmissão deste ano trouxe um aumento de 5% na faixa etária de 18 a 49 anos (considerada chave para os anunciantes) enquanto a audiência total aumentou mais de 2 milhões em relação aos 16,6 milhões de espectadores de 2022, que ficou marcada pela bofetada que Will Smith deu ao comediante Chris Rock.
Os números demonstram claramente que os hábitos e os tempos mudaram. As cerimónias dos Óscares tinham em média cerca de 40 a 50 milhões de espectadores nos EUA. A cerimónia mais vista de sempre foi a de 1998, com cerca de 57 milhões, edição que premiou “Titanic” com 11 Óscares. Ainda assim, a cerimónia com maior assistência televisiva no século XXI continua a ser a de 2000, com 46,33 milhões, que premiou “Beleza Americana” com 5 Óscares. Em 2014, a cerimónia ainda conseguiu atrair 43,6 milhões de espectadores, a segunda mais alta deste século, quando “12 Anos Escravo” venceu o Óscar de Melhor Filme. A última vez que a cerimónia ultrapassou o limite de 20 milhões foi a edição de 2020, pré-pandemia, com cerca de 23,6 milhões, ano em que “Parasitas” foi o vencedor.
Esta foi a terceira vez que o comediante Jimmy Kimmel apresentou a cerimónia dos Óscares, tendo em 2017 alcançado os cerca de 33 milhões de espectadores (no ano em que os envelopes se trocaram entre “La La Land” e “Moonlight”), a última vez que os Óscares tiveram mais de 30 milhões de espectadores. No ano seguinte, em 2018, baixou para os 26,5 milhões.
Audiências das cerimónias dos Óscares (2000 – 2023):
2023 – 18,7 milhões
2022 – 16,62 milhões
2021 – 10,4 milhões
2020 – 23,6 milhões
2019 – 29,6 milhões
2018 – 26,5 milhões
2017 – 32,9 milhões
2016 – 34,3 milhões
2015 – 36,6 milhões
2014 – 43,7 milhões
2013 – 40,3 milhões
2012 – 39,3 milhões
2011 – 37,6 milhões
2010 – 41,7 milhões
2009 – 36,1 milhões
2008 – 31,76 milhões
2007 – 40,17 milhões
2006 – 38,94 milhões
2005 – 42,14 milhões
2004 – 43,53 milhões
2003 – 33,04 milhões
2002 – 41,78 milhões
2001 – 42,94 milhões
2000 – 46,33 milhões