A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas norte-americana anunciou na quarta-feira (15), que Jimmy Kimmel regressa pela quarta vez como apresentador na 96.ª edição dos Óscares, a realizar-se a 10 de março de 2024, no Dolby Theatre.
Em março passado, Kimmel conduziu a 95ª. edição, onde seu espetáculo celebrou a resiliência do público cinematográfico pós-pandemia de Covid-19, rendendo-lhe uma indicação ao Emmy por sua performance.
Além disso, recordo que, Kimmel comandou anteriormente as edições de 2017 e 2018, a primeira das quais produziu o famoso erro de melhor filme de “La La Land” e “Moonlight”.
Kimmel foi o último apresentador regular nas cerimónias de 2017 e 2018. No ano de 2020, com a transição para um formato sem apresentadores fixos, o Óscar alcançou um aumento expressivo na audiência, atingindo 29.56 milhões de telespectadores.
No entanto, ao repetir o mesmo esquema em 2020, a audiência diminuiu para 23.64 milhões, e em 2021, registrou uma queda acentuada, atingindo apenas 10.4 milhões de espectadores.
Em uma análise comparativa, a edição de 2022, com apresentação de Amy Schumer, Wanda Sykes e Regina Hall, atraiu uma média de 16,6 milhões de espectadores. Isso representou uma recuperação em relação ao recorde de baixa do ano anterior, mas ainda classificou a cerimónia como uma das menos assistidas de todos os tempos.
Em contraste, os Óscares apresentados por Kimmel em 2018 registraram uma média de 26,5 milhões de telespectadores.
Nesse quadro, a escolha de Kimmel para o cargo não surpreendeu, pois a Academia busca alguém com experiência capaz de minimizar os impactos da greve dos argumentistas e dos atores, que foi encerrada no início de novembro.
Depois de extensas negociações entre o SAG-AFTRA, o sindicato de atores de Hollywood, e a AMPTP, a organização composta pelos líderes dos grandes estúdios de cinema e televisão, ambas as partes chegaram a um acordo para encerrar a greve. A paralisação perdurou por 118 dias, marcando-a como a mais longa na história da indústria da atuação.