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Óscares 2025: “Anora” conquista cinco estatuetas douradas, incluindo Melhor Filme

“Anora” é o grande vencedor da 97.ª edição, “O Brutalista” venceu em três categorias, incluindo Melhor Ator, e o Brasil fez história ao conquistar o seu primeiro Óscar.
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O filme independente “Anora” acabou por ser o grande vencedor da 97.ª edição dos Óscares ao ser premiado em cinco das seis categorias para que estava nomeado: Melhor Filme, Melhor Realização (Sean Baker) e de Melhor Atriz (Mikey Madison) – uma surpresa nesta última categoria.

“O Brutalista” foi o segundo mais premiado da cerimónia destes Óscares, atribuídos pela Academia norte-americana de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS). Sem grandes surpresas, Adrien Brody venceu o seu segundo Óscar de Melhor Ator, vinte e dois anos depois de ter ganho por “O Pianista” (2003). O filme de Brady Corbet levou ainda os Óscares de Melhor Fotografia e de Melhor Banda Sonora.

A cerimónia da 97.ª edição dos Óscares abriu de forma inesperada, quebrando a tradição do monólogo habitual do anfitrião, com uma homenagem à cidade de Los Angeles, à memória de Hollywood e a “Feiticeiro de Oz” e à sua eterna canção “Somewhere Over the Rainbow”, imortalizada por Judy Garland. As protagonistas deste momento de abertura foram Ariana Grande e Cynthia Erivo, de “Wicked”. Logo a seguir entrou o comediante Conan O’Brien, que teve um monólogo contido, apesar das altas expectativas. Ainda assim, conseguiu roubar algumas gargalhadas: teve o Adam Sandler, um mini musical e ainda fez uma breve homenagem às vítimas da catástrofe dos incêndios em Los Angeles.

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Um dos momentos mais aguardados da cerimónia foi o Óscar de Melhor Filme Internacional, com o Brasil e Portugal ansiosos pela abertura do envelope. “Ainda Estou Aqui” venceu a estatueta dourada, a primeira da história do Brasil e o primeiro filme de língua portuguesa a conseguir este prémio. Este foi um momento histórico para o cinema brasileiro. Fernanda Torres não conseguiu infelizmente levar o Óscar.

O filme da Letónia, “Flow – À Deriva” foi uma das surpresas da noite, ao conquistar o Óscar de Melhor Filme de Animação. A belíssima animação fez dupla história nos Óscares: foi o primeiro Óscar para a Letónia e a primeira produção independente de animação a vencer a estatueta dourada.

“No Other Land”, sobre os palestinianos que lutam para proteger as suas comunidades da demolição pelo exército israelita, era o grande favorito e levou o Óscar de Melhor Documentário. Foi a primeira conquista para a Palestina e o discurso mais político da cerimónia. “Apelamos ao mundo para que tome medidas sérias para pôr termo à injustiça e à limpeza étnica do povo palestiniano”, afirmou Basel Adra, realizador palestiniano. “Há cerca de dois meses, tornei-me pai, e espero que a minha filha não tenha de viver a mesma vida que eu estou a viver agora.”

“Wicked”, “Emilia Perez” e “Dune: Parte Dois” levaram 2 Óscares cada. Já “Conclave” venceu apenas na categoria de Melhor Argumento Adaptado, “A Substância” levou o de Melhor Maquilhagem e Cabelo e “A Verdadeira Dor” o de Melhor Ator Secundário.

Melhor Filme
Anora

Melhor Realização
Sean Baker, por Anora

Melhor Ator
Adrien Brody, em O Brutalista

Melhor Atriz
Mikey Madison, em Anora

Melhor Ator Secundário
Kieran Culkin, em A Verdadeira Dor

Melhor Atriz Secundária
Zoe Saldaña, em Emilia Pérez

Melhor Argumento Original
Anora

Melhor Argumento Adaptado
Conclave

Melhor Filme de Animação
Flow – À Deriva

Melhor Filme Internacional
Ainda Estou Aqui (Brasil)

Melhor Documentário
No Other Land

Melhor Fotografia
O Brutalista

Melhor Guarda-Roupa
Wicked

Melhor Edição
Anora

Melhor Maquilhagem e Cabelo
A Substância

Melhor Banda Sonora Original
O Brutalista, de Daniel Blumberg

Melhor Canção Original
“El Mal”, de Emilia Pérez

Melhor Design de Produção
Wicked

Melhor Som
Dune: Parte Dois

Melhores Efeitos Visuais
Dune: Parte Dois

Melhor Curta de Animação
In the Shadow of Cypress

Melhor Curta Live-Action
I’m Not a Robot

Melhor Curta Documental
The Only Girl in the Orchestra