A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) terá de encontrar um novo apresentador para a 97.ª edição dos Óscares. Considerado um dos responsáveis pela audiência do programa, Jimmy Kimmel decidiu não regressar ao cargo, e John Mulaney também recusou a oferta. A informação foi confirmada pela Variety.
Jimmy Kimmel, que já apresentou os Óscares em quatro ocasiões, teria recusado o convite para a cerimónia deste ano no início do verão. John Mulaney, cuja performance como apresentador foi um dos destaques da edição de 2024 e que também esteve à frente dos Governors Awards, está com a agenda preenchida devido a vários projetos em curso. Além disso, o seu talk show, ‘Everybody’s in LA’, poderá ser renovado pela Netflix.
Kimmel e os Óscares
Além das edições de 2023 e 2024, Kimmel também apresentou as cerimónias de 2017 e 2018, ano do famoso erro de anúncio de ‘La La Land’ como Melhor Filme, em vez de ‘Moonlight’. Até 2018, ele foi o último apresentador regular da cerimónia. Em 2020, a mudança para um formato sem apresentador fixo resultou num aumento significativo na audiência, que atingiu 29,56 milhões de telespectadores.
No entanto, ao repetir esse formato em 2021, a audiência caiu para 23,64 milhões, e em 2022 houve uma queda ainda mais acentuada, com apenas 10,4 milhões de espectadores.
Em contraste, a edição de 2022, apresentada por Amy Schumer, Wanda Sykes e Regina Hall, atraiu uma média de 16,6 milhões de espectadores. Embora tenha mostrado uma recuperação em relação ao recorde de baixa do ano anterior, a cerimónia ainda foi uma das menos assistidas de todos os tempos. Em comparação, os Óscares apresentados por Kimmel em 2018 registaram uma média de 26,5 milhões de telespectadores.
Nesse contexto, a escolha de Kimmel para o cargo em 2024 não surpreende. A Academia procurava alguém com experiência para minimizar os impactos da greve dos argumentistas e dos atores, encerrada no início de novembro, e com o objetivo de aumentar a audiência.
96.ª edição
A 96.ª edição dos Óscares teve 19,5 milhões de espectadores, o maior número em quatro anos, embora tenha aumentado apenas 4% em relação ao ano anterior, que contou com 18,7 milhões de espectadores.
Pelo terceiro ano consecutivo, as audiências dos Óscares aumentaram no canal ABC, que este ano iniciou a transmissão uma hora mais cedo do que o habitual. No entanto, a transmissão dos Óscares 2024 tornou-se a quarta pior da história da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS).
A transmissão atingiu o pico de audiência na meia hora final, com Ryan Gosling interpretando a canção ‘I’m Just Ken’, do filme ‘Barbie’, e Cillian Murphy recebendo o Óscar de Melhor Ator por ‘Oppenheimer’.
Os Óscares 96 premiaram ‘Oppenheimer’ com sete estatuetas douradas, incluindo a de Melhor Filme. ‘Pobres Criaturas’, de Yorgos Lanthimos, recebeu quatro prémios, incluindo o de Melhor Atriz, entregue a Emma Stone. ‘A Zona de Interesse’, do britânico Jonathan Glazer, surpreendeu ao conquistar duas estatuetas: Melhor Filme Internacional e Melhor Som.
Audiência em detalhes
A audiência dos Óscares ao longo dos anos mostra uma variação significativa. Em 2024, a cerimónia atraiu 19,5 milhões de espectadores. No ano anterior, em 2023, o número foi ligeiramente menor, com 18,7 milhões. Em 2022, a audiência caiu para 16,62 milhões, e a de 2021 foi a mais baixa, com apenas 10,4 milhões, refletindo os desafios impostos pela pandemia.
Voltando um pouco mais no tempo, em 2020, o evento teve uma audiência de 23,6 milhões. Em 2019, foram 29,6 milhões, e o ano de 2018 trouxe 26,5 milhões de espectadores. A cerimónia de 2017 teve uma audiência robusta de 32,9 milhões.
Em 2016, 34,3 milhões de pessoas assistiram aos Óscares, enquanto em 2015, esse número foi de 36,6 milhões. Em 2014, o pico foi de 43,7 milhões, e o ano anterior, 2013, também foi forte, com 40,3 milhões de espectadores.
Nos anos anteriores, a audiência era frequentemente mais alta. Em 2012, foram 39,3 milhões, e em 2011, 37,6 milhões. A década começou com 41,7 milhões de espectadores em 2010 e 36,1 milhões em 2009. Em 2008, 31,76 milhões assistiram à cerimónia, e em 2007, a audiência subiu para 40,17 milhões.
O auge da audiência recente foi em 2006, com 38,94 milhões de espectadores. Em 2005, a cerimónia teve 42,14 milhões, e em 2004, o número foi ainda maior, com 43,53 milhões. Em 2003, 33,04 milhões assistiram, e em 2002, 41,78 milhões. O recorde da década foi estabelecido em 2001, com 42,94 milhões de espectadores, enquanto o maior número de todos os tempos foi registado em 2000, com 46,33 milhões.