“Percebes”, “Bad For a Moment” e outras cinco produções representam Portugal no Festival de Clermont-Ferrand

A 47.ª edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand realiza-se de 31 de janeiro a 8 de fevereiro, em França
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Divulgação

As curtas-metragens “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, e “Bad For a Moment”, de Daniel Soares, foram selecionadas para a Competição Internacional do prestigiado Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand, que celebra a sua 47.ª edição durante os dias 31 de janeiro a 8 de fevereiro de 2025 na cidade francesa.

Percebes

Percebes, explora o ciclo completo da vida deste molusco. No percurso da sua formação até ao prato, cruzam-se diferentes contextos que nos dão a conhecer a região do Barlavento Algarvio e aqueles que nela habitam.

Desde a sua estreia, esta curta-metragem já marcou presença em dezenas de festivais internacionais e arrecadou mais de 10 prémios, incluindo o Cristal de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy.

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Laura Gonçalves, uma das realizadoras de Percebes (Alexandra Ramires, Laura Gonçalves, 2024, Portugal/França, ANI/DOC, 11′), tem uma história com o festival: na 44.ª edição do festival, o seu filme O Homem do Lixo (Laura Gonçalves, 2022, Portugal, ANI/DOC, 12′) recebeu o prémio de Melhor Filme de Animação, conquistando os jurados com uma narrativa poderosa sobre memórias familiares e a vida de um tio emigrante.

Bad For a Moment

“Bad For a Moment” tem acumulado reconhecimento internacional. A curta de Soares teve estreia mundial na competição oficial do Festival de Cannes, onde foi distinguido com uma menção honrosa.

O filme explora questões sociais profundas ao acompanhar um evento de “team-building” que confronta um arquiteto com as consequências da gentrificação no bairro onde trabalha.

É o regresso de Soares ao festival. Em 2023, esteve também na competição internacional com o filme “Please Make It Work”.

Outras produções portuguesas

Além de “Percebes” e “Bad For a Moment”, Portugal estará também representado na secção Perspectivas Africanas com o documentário experimental “Hora de Mudar”, da realizadora angolana Pocas Pascoal. Esta co-produção entre Angola e Portugal aborda temas como o colonialismo, o capitalismo e a biodiversidade.

Na secção Shorts in History, duas curtas-metragens revisitam o rescaldo do 25 de Abril: “Ano 1 – 1º de Maio” (1975), da Unidade de Produção Cinematográfica, que retrata a primeira celebração do Dia do Trabalhador, e “Luta do Povo: Alfabetização em Santa Catarina” (1976), da cooperativa Grupo Zero.

O festival inclui ainda, numa secção dedicada a filmes premiados pelo público, “Natureza Humana”, de Mónica Lima, e “Lobo Solitário”, de Filipe Melo.

Além disso, “A Fronteira Azul”, de Dinis Costa, encontra-se na competição nacional, sendo uma produção francesa com parceria luso-espanhola.

A curta-metragem conta a história da chegada de um navio ilegal à costa ibérica, “através dos olhos de várias personagens: os migrantes, os que os acolheram à chegada, os que os transportaram de Espanha para Calais, aqueles que os observam de um veleiro e da rua”, segundo a sinopse da produtora Furyo Films.

Força do Cinema Português

Estas selecções destacam o impacto do cinema português de curta-metragem no cenário internacional, evidenciando a criatividade e originalidade das suas narrativas e estéticas, que continuam a cativar audiências e jurados a nível global, consolidando Portugal como uma referência no cinema de curta duração.

Mercado da Curta-Metragem

Em paralelo, decorre o Mercado da Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, um espaço fundamental para a divulgação do cinema português, que recebe todos os anos mais de 3900 profissionais.

Agência da Curta Metragem volta a marcar a sua presença, sendo esta uma ótima oportunidade para a divulgação das obras representadas e para apresentar as novidades do catálogo em distribuição.

 

*Com informações da Agência da Curta Metragem 

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