Queer Lisboa 2021: Retrospectiva a Gus Van Sant

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Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer, que este ano assinala o seu 25.º aniversário, vai homenagear um dos autores mais prolíficos do cinema Queer norte-americano, Gus Van Sant, com uma retrospectiva dedicada à sua obra.

A 25.ª edição do Queer Lisboa, que terá lugar entre 17 e 25 de setembro de 2021, no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa, em parceria com a BoCA Bienal e a Cinemateca Portuguesa, vai exibir obras tão notáveis de Gus Van Sant como “Mala Noche” (1986), “A Caminho de Idaho” (1991), “Elefante” (2003) e “Milk” (2008).

“A convite da BoCA, o cineasta e artista plástico irá criar o seu primeiro musical de palco, inspirado no universo criativo da Factory de Andy Warhol, em colaboração com músicos e performers portugueses. No contexto da sua visita, o Queer Lisboa irá organizar uma retrospetiva que pretende dar a conhecer as várias facetas da sua obra.”

“Os filmes exibidos serão ‘Mala Noche’ (1985), que é quase unanimemente considerado o título inaugural do chamado New Queer Cinema (NQC), que abre caminho a obras de realizadores como Todd Haynes, Laurie Lynd, Tom Kalin, Jennie Livingston, Isaac Julien ou Derek Jarman.”

A retrospetiva termina com os sete episódios de “Ouverture of Something That Never Ended”, uma encomenda da casa italiana Gucci, e corealizado com o seu diretor artístico, Alessandro Michele. O filme narra um dia na vida da personagem interpretada por Silvia Calderoni, corpo andrógino que desafia as noções normativas de género e que marca esta exuberante alegoria queer, que mais do que uma ode à moda, é uma homenagem a artistas e personalidades do universo queer como Paul B. Preciado, a cantora e poeta britânica Arlo Parks, o ator e dramaturgo Jeremy O. Harris, ou a cantora Florence Welch, entre outros inúmeros participantes.

“De forma a assinalar a sua estreia na encenação, o Queer Lisboa propôs ainda a Gus Van Sant uma Carte Blanche, tendo o realizador escolhido a longa-metragem ‘Batman Dracula’, filme de 1964, de Andy Warhol, com o icónico performer queer underground Jack Smith no papel de Drácula; assim como o documentário de 2006 de Ric Burns, ‘Andy Warhol: A Documentary Film’, narrado por Laurie Anderson, ambos exibidos na Cinemateca Portuguesa, onde o realizador irá também estar presente para uma conversa com o público.”

O Queer, em jeito de celebração do seu 25.º aniversário, em parceria com a ILGA-Portugal, vai lançar um “projeto de itinerância, com o objetivo de levar a experiência do festival a várias localidades do país, já a partir de novembro de 2021 e prolongando-se até à Primavera de 2022.”

“Este projeto tem como objetivo descentralizar o debate sobre as questões LGBTQI+ e dar a conhecer a um público mais alargado algum do melhor cinema que integrou a programação do Queer Lisboa 25, em setembro. Os filmes propostos abordam uma diversidade de temáticas ligadas às migrações, refugiados e direitos humanos; ao estigma ainda prevalente sobre o VIH/sida; aos indivíduos transgénero e suas relações familiares e problemáticas clínicas ligadas aos processos de transição; o percurso do ativismo LGBTQI+ e o seu impacte nas diferentes sociedades um pouco por todo o mundo e o seu efeito transformador nas mentalidades, na ação política e na própria ciência; entre outras muitas questões que os filmes selecionados levantam.”

A 7.ª edição do Queer Porto entre 12 e 16 de outubro de 2021, no Teatro Rivoli, “Casa Comum” da Reitoria da Universidade do Porto e Maus Hábitos.

Fonte: Queer Lisboa

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